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Confrontos no Egito deixam pelo menos 13 mortos e 50 feridos

No dia em que o Egito comemora 4 anos da revolta que tirou Hosni Mubarak do poder, 13 pessoas morreram e 30 ficaram feridas em confrontos com a polícia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 19h24.

Pelo menos 13 pessoas morreram e 30 ficaram feridas neste domingo no Egito em confrontos entre manifestantes e polícia, no dia em que o país comemora o quarto aniversário da revolta de 2011 que tirou Hosni Mubarak do poder.

Para marcar o quarto aniversário do levante popular, partidários do ex-presidente islamita Mohamed Mursi convocaram protestos contra o regime do atual presidente e ex-chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sissi.

No Cairo, onze manifestantes pró-Mursi foram mortos em confrontos com a polícia, segundo o ministério da Saúde. Um policial teria sido morto por manifestantes no norte da capital egípcia, e outros ficaram feridos por balas de chumbo.

Outro manifestante que estava armado e teria aberto fogo contra a polícia durante uma manifestação na cidade de Alexandria também foi morto, segundo as autoridades.

Na capital, a praça Tahrir, epicentro da revolta de 2011, estava sendo monitorada por um forte esquema de segurança. Algumas dezenas de simpatizantes de Sissi se reuniram perto do local, levando bandeiras egípcias e gritando "viva o Egito", segundo um jornalista da AFP.

Funeral da revolução

"É o funeral da revolução", lamentou Mamdouh Hamza, figura importante do movimento de 2011 que estava perto do ato. "A situação não melhorou e nada mudou desde que Sissi assumiu o poder", criticou.

Em todo o Cairo, onde as ruas estavam desertas e policiais armados com submetralhadoras vigiavam as principais avenidas do centro da cidade, manifestantes islamitas queimaram um posto da polícia.

Ao todo, 134 pessoas foram presas ao longo das manifestações, segundo fontes de segurança.

O dia 25 de janeiro de 2011 marca o início de 18 dias de manifestações massivas que obrigaram Hosni Mubarak a entregar o cargo de presidente em 11 de fevereiro.

Sissi, eleito em maior com mais de 90% dos votos após ter destituído Mursi em julho de 2013, goza do apoio de grande parte da opinião pública, abalada por quatro anos de instabilidade polícia e de crise econômica.

Mas ele é acusado por seus opositores de ter instaurado um regime ainda mais autoritário que o de Mubarak, reprimindo qualquer ato de oposição, tanto islamita quanto laico.

O sábado já havia sido sangrento, marcado pela morte de uma manifestante no centro do Cairo, após confrontos com a policia durante uma rara manifestação de um movimento de esquerda que comemorava a rebelião de 2011.

Desde a destituição de Mursi, em julho de 2013, soldados e policiais mataram mais de 1.400 manifestantes islamitas e mais de 15.000 pessoas foram presas. A ONU também denuncia as penas de morte pronunciadas em julgamentos em massa, chamados de "sem precedentes na História recente".

Dizendo agir em represália a esta repressão, grupos jihadistas multiplicaram seus ataques contra as forças de ordem em todo o país. Na manhã deste domingo, dois policiais ficaram feridos na zona leste do Cairo na explosão de uma pequena bomba - segundo o porta-voz do ministério do Interior, Hani Abdel Latif.

O ataque foi reivindicado pelos jihadistas do Ajnad Misr, um grupo que já havia reivindicado a explosão de uma pequena bomba na última sexta-feira, ferindo quatro policiais e um civil no mesmo bairro.

Além disso, dois "terroristas" morreram na explosão de uma bomba enquanto instalavam o artefato no pé de um poste na província de Beheira (norte), segundo Abdel Latif.

Com eleições legislativas previstas para 21 de março, Sissi nega veementemente qualquer retorno a um regime autoritário.

No final de novembro de 2014, Sissi garantiu que o país se dirigia "para o estabelecimento de um Estado democrático e moderno, baseado na justiça. na liberdade e na luta contra a corrupção".

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Para marcar o quarto aniversário do levante popular, partidários do ex-presidente islamita Mohamed Mursi convocaram protestos contra o regime do atual presidente e ex-chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sissi.

No Cairo, onze manifestantes pró-Mursi foram mortos em confrontos com a polícia, segundo o ministério da Saúde. Um policial teria sido morto por manifestantes no norte da capital egípcia, e outros ficaram feridos por balas de chumbo.

Outro manifestante que estava armado e teria aberto fogo contra a polícia durante uma manifestação na cidade de Alexandria também foi morto, segundo as autoridades.

Na capital, a praça Tahrir, epicentro da revolta de 2011, estava sendo monitorada por um forte esquema de segurança. Algumas dezenas de simpatizantes de Sissi se reuniram perto do local, levando bandeiras egípcias e gritando "viva o Egito", segundo um jornalista da AFP.

Funeral da revolução

"É o funeral da revolução", lamentou Mamdouh Hamza, figura importante do movimento de 2011 que estava perto do ato. "A situação não melhorou e nada mudou desde que Sissi assumiu o poder", criticou.

Em todo o Cairo, onde as ruas estavam desertas e policiais armados com submetralhadoras vigiavam as principais avenidas do centro da cidade, manifestantes islamitas queimaram um posto da polícia.

Ao todo, 134 pessoas foram presas ao longo das manifestações, segundo fontes de segurança.

O dia 25 de janeiro de 2011 marca o início de 18 dias de manifestações massivas que obrigaram Hosni Mubarak a entregar o cargo de presidente em 11 de fevereiro.

Sissi, eleito em maior com mais de 90% dos votos após ter destituído Mursi em julho de 2013, goza do apoio de grande parte da opinião pública, abalada por quatro anos de instabilidade polícia e de crise econômica.

Mas ele é acusado por seus opositores de ter instaurado um regime ainda mais autoritário que o de Mubarak, reprimindo qualquer ato de oposição, tanto islamita quanto laico.

O sábado já havia sido sangrento, marcado pela morte de uma manifestante no centro do Cairo, após confrontos com a policia durante uma rara manifestação de um movimento de esquerda que comemorava a rebelião de 2011.

Desde a destituição de Mursi, em julho de 2013, soldados e policiais mataram mais de 1.400 manifestantes islamitas e mais de 15.000 pessoas foram presas. A ONU também denuncia as penas de morte pronunciadas em julgamentos em massa, chamados de "sem precedentes na História recente".

Dizendo agir em represália a esta repressão, grupos jihadistas multiplicaram seus ataques contra as forças de ordem em todo o país. Na manhã deste domingo, dois policiais ficaram feridos na zona leste do Cairo na explosão de uma pequena bomba - segundo o porta-voz do ministério do Interior, Hani Abdel Latif.

O ataque foi reivindicado pelos jihadistas do Ajnad Misr, um grupo que já havia reivindicado a explosão de uma pequena bomba na última sexta-feira, ferindo quatro policiais e um civil no mesmo bairro.

Além disso, dois "terroristas" morreram na explosão de uma bomba enquanto instalavam o artefato no pé de um poste na província de Beheira (norte), segundo Abdel Latif.

Com eleições legislativas previstas para 21 de março, Sissi nega veementemente qualquer retorno a um regime autoritário.

No final de novembro de 2014, Sissi garantiu que o país se dirigia "para o estabelecimento de um Estado democrático e moderno, baseado na justiça. na liberdade e na luta contra a corrupção".

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