Ataque a tiros durante a celebração do festival judaico de Hanukkah, na Austrália, deixou ao menos 12 mortos (MICK TSIKAS/EFE)
Redação Exame
Publicado em 14 de dezembro de 2025 às 18h44.
Os dois atiradores que mataram 15 pessoas em uma festividade judaica na praia de Bondi em Sydney no domingo eram pai e filho, de 50 e 24 anos respectivamente, informou a polícia australiana nesta segunda-feira, 15.
"O [suspeito] de 50 anos morreu. O de 24 está atualmente no hospital", informou o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, em coletiva de imprensa, na qual acrescentou que as autoridades não estão à procura de outros suspeitos.
Imagens exibidas por emissoras de televisão australianas mostraram pessoas caídas no chão e um cenário de pânico. Um morador que presenciou o ataque relatou ter visto diversas vítimas feridas e muito sangue espalhado pela área.
Vídeos gravados por testemunhas também mostram dois homens armados vestindo roupas escuras e atirando, enquanto sirenes e gritos podiam ser ouvidos.
O governador de Nova Gales do Sul, Chris Minns, afirmou que as investigações indicam que o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney justamente no início do feriado religioso.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, também descreveu o episódio como chocante e devastador, destacando que a violência atingiu o coração do país. Ele também afirmou que a polícia trabalha para identificar possíveis conexões com outras pessoas envolvidas.
"Um ato de antissemitismo e terrorismo que atingiu o coração da nossa nação. Um ataque aos judeus australianos é um ataque a todos os australianos. Não há lugar para ódio, violência e terrorismo em nossa nação", afirmou Albanese.
Autoridades pediram que a população evite a região, embora a polícia tenha informado que não há indícios de novos ataques. A área, que chegou a ser isolada para perícia, segue sob investigação.
A polícia solicita que pessoas que tenham imagens gravadas por celulares ou câmeras veiculares entrem em contato com o Crime Stoppers.
O ataque ocorre 11 anos após um episódio que marcou a história de Sydney, quando um homem fez reféns em um café no centro da cidade, resultando na morte de duas pessoas após um longo impasse.
Líderes internacionais também se manifestaram. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou o ataque contra judeus que participavam da celebração religiosa, enquanto o secretário-geral da ONU classificou o episódio como hediondo.
Representantes do governo israelense e da oposição australiana também expressaram solidariedade às vítimas e cobraram medidas contra o antissemitismo.
A polícia informou que uma nova atualização oficial sobre o caso deve ser divulgada na manhã desta segunda-feira, 15.
(*) Com informações das agência EFE, AFP e Reuters