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Atentado eleva a 5.800 número de mortos no Iraque

O balanço da onda de violência que afeta o Iraque desde janeiro superou as 5.800 mortes, após um atentado com carro-bomba que matou 30 pessoas hoje

Destroços de um carro a bomba que explodiu em Bagdá, no Iraque: analistas temem o aumento da violência com a aproximação das eleições gerais de 30 de abril (Stringer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 12h24.

Bagdá - O balanço da onda de violência que afeta o Iraque desde janeiro superou as 5.800 mortes, após um atentado com carro-bomba que matou 30 pessoas nesta quinta-feira em um mercado ao nordeste de Bagdá.

Analistas temem o aumento da violência com a aproximação das eleições gerais de 30 de abril.

As autoridades estão preocupadas com o crescente papel da Al Qaeda na guerra na Síria e temem a propagação do conflito.

O atentado com carro-bomba desta quinta-feira matou 32 pessoas e deixou 40 feridos em um mercado de Saadiya, na província de Diyala, ao nordeste de Bagdá.

O veículo explodiu ao meio-dia em um bairro que tem muitos moradores curdos xiitas, em uma área disputada pelo governo central e região autônoma do Curdistão.

Os insurgentes se aproveitam das tensões entre os dois lados para cometer ataques.

Autoridades de Diyala informaram ainda nesta quinta-feira que encontram 12 corpos de moradores que haviam sido sequestrados por um grupo que alegou integrar as forças de segurança. Os 12 foram executados e jogados em um rio.


Para tentar conter a violência que devasta o Iraque desde o início do ano, o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki pediu em outubro a cooperação dos Estados Unidos para lutar contra a Al-Qaeda, que reivindicou vários atentados.

Os soldados americanos deixaram o Iraque há quase dois anos. Os Estados Unidos invadiram o país em 2003 para derrubar o regime de Saddam Hussein por suspeitas de que possuía armas de destruição em massa, que nunca foram encontradas.

Analistas e diplomatas afirmam que a espiral de violência no Iraque está relacionada com a guerra na Síria.

A Al-Qaeda no Iraque "conseguiu reconstruir suas forças em algumas regiões", declarou à AFP Safa Hussein, vice-conselheiro nacional para a Segurança.

"A capacidade para cometer ataques aumentou. Agora eles têm meios para cruzar a fronteira e aliados muito poderosos na Síria", completou.

A paralisia do aparato político, motivada em parte pelas divergências entre sunitas e xiitas, e uma corrupção endêmica contribuem para alimentar a instabilidade. Além disso, o Estado tem dificuldades para fornecer os serviços básicos, como energia elétrica ou água potável.

Desde o início do ano, mais de 5.800 pessoas morreram em atos violentos, 964 delas em outubro, o mês mais violento desde abril de 2008, segundo dados oficiais.

A violência acontece em um clima de profundo descontentamento da minoria sunita, no poder durante o regime de Saddam Hussein, contra o governo controlado pelos xiitas, acusado de multiplicar as detenções arbitrária.

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Bagdá - O balanço da onda de violência que afeta o Iraque desde janeiro superou as 5.800 mortes, após um atentado com carro-bomba que matou 30 pessoas nesta quinta-feira em um mercado ao nordeste de Bagdá.

Analistas temem o aumento da violência com a aproximação das eleições gerais de 30 de abril.

As autoridades estão preocupadas com o crescente papel da Al Qaeda na guerra na Síria e temem a propagação do conflito.

O atentado com carro-bomba desta quinta-feira matou 32 pessoas e deixou 40 feridos em um mercado de Saadiya, na província de Diyala, ao nordeste de Bagdá.

O veículo explodiu ao meio-dia em um bairro que tem muitos moradores curdos xiitas, em uma área disputada pelo governo central e região autônoma do Curdistão.

Os insurgentes se aproveitam das tensões entre os dois lados para cometer ataques.

Autoridades de Diyala informaram ainda nesta quinta-feira que encontram 12 corpos de moradores que haviam sido sequestrados por um grupo que alegou integrar as forças de segurança. Os 12 foram executados e jogados em um rio.


Para tentar conter a violência que devasta o Iraque desde o início do ano, o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki pediu em outubro a cooperação dos Estados Unidos para lutar contra a Al-Qaeda, que reivindicou vários atentados.

Os soldados americanos deixaram o Iraque há quase dois anos. Os Estados Unidos invadiram o país em 2003 para derrubar o regime de Saddam Hussein por suspeitas de que possuía armas de destruição em massa, que nunca foram encontradas.

Analistas e diplomatas afirmam que a espiral de violência no Iraque está relacionada com a guerra na Síria.

A Al-Qaeda no Iraque "conseguiu reconstruir suas forças em algumas regiões", declarou à AFP Safa Hussein, vice-conselheiro nacional para a Segurança.

"A capacidade para cometer ataques aumentou. Agora eles têm meios para cruzar a fronteira e aliados muito poderosos na Síria", completou.

A paralisia do aparato político, motivada em parte pelas divergências entre sunitas e xiitas, e uma corrupção endêmica contribuem para alimentar a instabilidade. Além disso, o Estado tem dificuldades para fornecer os serviços básicos, como energia elétrica ou água potável.

Desde o início do ano, mais de 5.800 pessoas morreram em atos violentos, 964 delas em outubro, o mês mais violento desde abril de 2008, segundo dados oficiais.

A violência acontece em um clima de profundo descontentamento da minoria sunita, no poder durante o regime de Saddam Hussein, contra o governo controlado pelos xiitas, acusado de multiplicar as detenções arbitrária.

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