Membro das forças de segurança egípcias se posiciona em uma duna durante uma operação no Sinai: após queda do regime de Hosni Mubarak, o Sinai se transformou em um foco de instabilidade (©AFP / Stringer)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 08h22.
Cairo - Um soldado morreu nesta sexta-feira e outros dois ficaram feridos em ataques de grupos armados contra vários pontos no norte do Sinai no Egito, informou a agência estatal de notícias "Mena".
O soldado recebeu um tiro na cabeça no ataque contra o posto de controle de Al Yura, ao sul da região de Sheikh Zaued, e dois recrutas também ficaram feridos, disseram fontes médicas à agência.
Além disso, homens mascarados abriram fogo contra postos de controle próximos do aeroporto internacional de Al Arish, capital do norte do Sinai e próxima da fronteira com a Faixa de Gaza.
Um helicóptero militar decolou do aeroporto e começou a perseguir o grupo armado, atingindo um de seus veículos, segundo a agência, que não deu mais detalhes.
Grupos armados também atiraram contra a polícia em outros três postos de controle e no acampamento de segurança central de Al Ahrash, na região vizinha de Rafah. As forças egípcias responderam ao ataque com disparos.
Fontes oficiais explicaram à "Mena" que a passagem de Rafah, que liga o Egito à Gaza, foi fechado apenas por hoje para evitar novos ataques.
Após a queda do regime de Hosni Mubarak em 2011, a Península do Sinai se transformou em um foco de instabilidade e cenário de ataques contra policiais e gasodutos, ações de contrabando e sequestros.
Os fatos de hoje aconteceram depois que na última quarta-feira o exército egípcio depôs o presidente Mohamed Mursi, eleito há um ano, e nomeou em seu lugar o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour, encarregado de convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.