Ataques de Israel em Beirute e Damasco intensificam o conflito regional, com dezenas de mortes
Agência de notícias
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 21h44.
Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 21h50.
Nas últimas 24 horas, 46 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas, segundo o governo libanês, após novos bombardeios israelenses no subúrbio de Beirute e um ataque na Síria que matou o genro de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.
O Exército israelense realizou três bombardeios no subúrbio de Beirute pouco antes da meia-noite desta quarta-feira (horário local), matando pelo menos cinco pessoas. Esse foi o terceiro ataque em menos de 24 horas contra o reduto do movimento xiita político-militar. Outro ataque, na Síria, resultou na morte de Hassan Jaafar al-Qasir, genro de Nasrallah.
Os novos bombardeios atingiram as regiões sul e central da cidade. Os militares israelenses afirmaram que os ataques eram "precisos e limitados" contra alvos do Hezbollah. Em paralelo, um bombardeio israelense no distrito de Mazze, em Damasco, deixou três mortos, incluindo Hassan Jaafar al-Qasir.
Al-Qasir era irmão de Jafar al-Qasir, que era responsável pelo transporte de armas do Irã para o Líbano. Israel afirmou ter matado Jafar em outro ataque recente na periferia sul de Beirute.
Enquanto isso, combates entre Israel e o Hezbollah continuam no sul do Líbano. No último dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar o Irã após o disparo de quase 200 mísseis balísticos contra Israel, o que agravou a tensão regional. O Exército israelense informou que oito soldados morreram em combates, enquanto Israel conduzia novos ataques após disparos de mais de cem projéteis pelo Hezbollah.
Em resposta aos ataques iranianos, Netanyahu afirmou que a República Islâmica "pagaria por isso", sem dar maiores detalhes. Recentemente, Israel já havia atacado alvos iranianos na Síria.
O chanceler israelense, Israel Katz, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, como persona non grata no país, acusando-o de não condenar de forma firme os ataques iranianos.
As tensões entre Israel, Hezbollah e Irã continuam a escalar, com consequências devastadoras para a região.