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Ataque aéreo de Israel a Rafah após novo ataque do Hamas deixa ao menos 35 mortos

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou que seu hospital de campanha em Rafah recebeu um afluxo de pacientes que procuravam tratamento para queimaduras e outros ferimentos. Outros hospitais relataram o mesmo

Fumaça após bombardeio em Rafah (KHAN YUNIS/AFP)

Fumaça após bombardeio em Rafah (KHAN YUNIS/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 26 de maio de 2024 às 20h57.

Um ataque aéreo israelense matou 35 pessoas neste domingo, 26, ao atingir um campo para deslocados no bairro de Tal al-Sultan, na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo grupo terrorista Hamas.

O bombardeio, que provocou um incêndio que se alastrou rapidamente pelas tendas, foi conduzido após o Hamas lançar uma série de foguetes contra o centro de Israel, acionando sirenes na área de Tel-Aviv pela primeira vez desde janeiro.

A parte da cidade de Rafah atingida estava fora da área de retirada obrigatória determinada por Israel, segundo o jornal americano The Washington Post. Ela teria sido designada como zona humanitária para onde moradores deveriam buscar abrigo antes de uma ofensiva terrestre preparada por Israel contra a cidade.

James Smith, um especialista britânico em emergências da organização Médicos Sem Fronteiras em Rafah, disse ao The New York Times que o ataque matou pessoas deslocadas que "procuravam algum tipo de santuário e abrigo em tendas de lona".

As Forças de Defesa de Israel confirmaram a realização do ataque aéreo em Rafah, dizendo que tiveram como alvo um "centro de operações do Hamas". Elas alegaram ter usado "munições precisas" e agiram com "base em informações precisas", mas admitiram que "vários civis" foram afetados. Em uma segunda declaração, Israel afirmou que dois líderes do Hamas foram mortos no ataque.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou que seu hospital de campanha em Rafah recebeu um afluxo de pacientes que procuravam tratamento para queimaduras e outros ferimentos. Outros hospitais relataram o mesmo.

A Autoridade Palestina acusou Israel de atacar deliberadamente o campo de deslocados. O Hamas, por sua vez, pediu que os palestinos "se levantassem e marchassem contra o massacre do Exército israelense em Rafah".

Embora as Nações Unidas estimem que mais de 800 mil tenham fugido de Rafah após Israel anunciar sua ofensiva, a área continua densamente povoada. "São tendas muito compactas. Um incêndio como este pode se espalhar por uma distância enorme num espaço de tempo muito curto", afirmou Smith ao Times.

Mais cedo, o Exército disse que oito foguetes foram lançados em direção ao centro de Israel e vários foram interceptados pelo sistema de defesa Domo de Ferro. Não houve vítimas. A ofensiva mostrou que o Hamas ainda mantém algumas capacidades de mísseis de longo alcance mais de sete meses após o início da guerra.

Os militares israelenses disseram que os foguetes foram lançados de Rafah. Sua campanha na cidade já vinha atraindo críticas internacionais mesmo antes do bombardeio ao centro de deslocados ontem. (Com agências internacionais)

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