Mogadíscio - Pelo menos sete pessoas morreram nesta quinta-feira e 37 ficaram feridas em um ataque suicida com carro-bomba contra um comboio militar na cidade litorânea de Bosaso, na região semiautônoma somali de Puntlândia.

Três soldados e quatro civis morreram devido à explosão, que aconteceu em um cruzamento próximo a uma área comercial, informou o governo de Puntlândia. Entre os feridos estão seis soldados e 31 civis, acrescentaram.

O ataque, voltado contra as forças regionais, foi cometido hoje quando se completam dois anos do assassinato por terroristas de Al Shabab de um dos pesquisadores muçulmanos mais respeitados do país e um "homem de paz", Ahmed Haji Abdirahman, em Bosaso.

O carro explodiu por volta das 11h locais (6h de Brasília) em uma região muito frequentada de Bosaso.

"Estava em frente a minha loja quando o comboio passou na nossa frente e houve o ataque", declarou à Efe o empresário Ali Yousef, testemunha do fato.

"Escutei um estrondo; vi fumaça, e pouco depois corpos e feridos que foram retirados do lugar", acrescentou.

Embora o ataque ainda não tenha sido reivindicado, o Executivo regional somali lembrou, em comunicado, que Al Shabab atentou várias vezes contra alvos civis e governamentais em Puntlândia.

"Esse grupo destrutivo está decidido a cometer atos violentos sem sentido, extremistas e terroristas para conquistar seus objetivos", lamentou.

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"O povo e o governo de Puntlândia se mantêm unidos para condenar todas as formas de terrorismo e apoiar firmemente a paz, a segurança e o desenvolvimento", declarou o governo.

"As táticas terroristas não nos debilitarão nem desalentarão para reforçar a paz, a segurança e a justiça rumo a um futuro próspero", disse.

Além disso, as autoridades regionais expressaram "suas mais sinceras condolências às famílias dos falecidas e rezam pela recuperação dos feridos".

Em 19 de novembro, 15 pessoas morreram em um atentado suicida com carro-bomba em uma delegacia de polícia da cidade de Baladweyne, no centro da Somália.

Al Shabab controla vastas regiões do centro e do sul do Somália, cujo frágil governo ainda não está em condições de impor autoridade.

Os fundamentalistas reivindicaram a autoria do assalto armado e sequestro do centro comercial de Westgate de Nairóbi, que começou em 21 de setembro, durou quatro dias e ocasionou 72 mortos (incluídos cinco terroristas).

As tropas da missão da UA (Amisom), o exército somali, as forças etíopes e milícias pró-governo combatem os islamitas.

Atualização às 11h51 de 05/12/2013