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Assinatura de acordo de paz no Leste do Congo é cancelada

Ontem (27), o secretário-geral da ONU antecipou que a medida seria tomada para solucionar as causas da violência recorrente na região


	Membros de missão da ONU na República Democrática do Congo: a expectativa era que a medida reforçasse as capacidades da Missão da ONU no Congo.
 (©AFP/File / Lionel Healing)

Membros de missão da ONU na República Democrática do Congo: a expectativa era que a medida reforçasse as capacidades da Missão da ONU no Congo. (©AFP/File / Lionel Healing)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 11h28.

Brasília - A assinatura do acordo regional para a paz no Leste da República Democrática do Congo foi cancelada. A informação foi divulgada por representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) que não deram mais detalhes sobre o cancelamento.

O acordo deveria ser assinado hoje (28), durante a 20ª Cimeira da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia, pelos chefes de Estado da região dos Grandes Lagos africanos com a aprovação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. De acordo com o porta-voz das Nações Unidas, a situação é complexa e os diálogos em busca do acordo de paz vão continuar sendo conduzidos na região.

O cancelamento do acordo foi anunciado poucos minutos antes da conferência de imprensa que estava agendada para anunciar a medida e detalhar o conteúdo do acordo regional para a paz e segurança no leste da República do Congo.

Ontem (27), o secretário-geral da ONU antecipou que a medida seria tomada para solucionar as causas da violência recorrente na região, onde muitos grupos armados atuam há anos. Mas, poucos minutos antes da conferência de imprensa agendada para hoje, onde seriam detalhados os termos do acordo de paz, o anúncio sobre o cancelamento da assinatura do acordo foi feito "discretamente”.

A expectativa era que a medida reforçasse as capacidades da Missão da ONU no Congo e estabelecesse o compromisso dos estados da região em não apoiar, financiar ou hospedar qualquer grupo ou indivíduo armado que contribua para a desestabilização do país.

Autoridades de Ruanda e da Uganda foram apontadas, em um relatório da ONU, como apoiadoras de rebeldes do M23 que combatem o exército do Congo desde 2012. O grupo rebelde ocupa parte da província do Kivu do Norte, na fronteira com a Ruanda. Os presidentes dos dois países não se manifestaram sobre a acusação.

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