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Assentamentos de Israel são "atos provocativos", diz ONU

Ban Ki-moon criticou as atividades de assentamento de Israel como "atos provocativos" que levantam questões sobre o compromisso com a solução de dois Estados


	O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon: palestinos querem um Estado independente na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, áreas capturadas por Israel em uma guerra em 1967
 (Andreas Solaro/AFP)

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon: palestinos querem um Estado independente na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, áreas capturadas por Israel em uma guerra em 1967 (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 18h33.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, criticou nesta terça-feira as atividades de assentamento de Israel como "atos provocativos" que levantam questões sobre o compromisso do país com a solução de dois Estados em meio à crescente frustração palestina ao longo de quase 50 anos de ocupação.

Os palestinos querem um Estado independente na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, áreas capturadas por Israel em uma guerra em 1967. A última rodada de conversas de paz ocorreu em abril de 2014 e a violência entre israelenses e palestinos ressurgiu nos últimos meses.

Israel confirmou na quinta-feira que vai se apropriar de uma extensa área fértil na Cisjordânia ocupada. A terra é próxima à Jordânia, em uma área onde Israel já possui diversos assentamentos em terrenos onde palestinos buscam um Estado.

Ban disse que estava "profundamente incomodado" com relatos de que o governo de Israel aprovou planos para mais de 150 novas casas em "assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada".

"Estes atos provocativos aumentam o crescimento das populações assentadas, aumentam as tensões e minam quaisquer perspectivas para uma rota política à frente", disse Ban durante encontro do Conselho de Segurança da ONU no Oriente Médio.

"Atividades contínuas de assentamento são uma afronta ao povo palestino e à comunidade internacional", disse. "Elas aumentam de forma correta questões fundamentais sobre o compromisso de Israel com a solução de dois Estados".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou os comentários de Ban, dizendo que somente "reforçam o terrorismo".

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