As cenas surreais da tempestade em Nova York, que já deixou 40 mortos
Chuva histórica provocou enchentes, inundou estradas e causou um enorme caos no metrô
Mariana Martucci
Publicado em 2 de setembro de 2021 às 17h10.
Última atualização em 2 de setembro de 2021 às 21h25.
Ao menos 40 pessoas morreram em Nova York New Jersey e Pensilvânia após as inundações causadas pela passagem da tempestade Ida, que gerou caos na região nordeste dos Estados Unidos .
Em Nova York, foram registradas 13 mortes -- sendo 12 na cidade de NY -- que foram encontradas em casas no Queens e no Brooklyn. Segundo informações do The New York Times, as idades das vítimas variam entre 2 e 86 anos.
A polícia afirmou que 11 dos 12 moradores da cidade que morreram por causa da tempestade foram encontrados em apartamentos que ficam abaixo do solo, característica comum -- e muitas vezes ilegal -- de casas em bairros densamente povoados.
Além de ruas sendo transformadas em rios, as estações de metrô também ficaram inundadas e o serviço foi interrompido.
O Serviço Meteorológico dos Estados Unidos (NWS) registrou um recorde histórico de 18 centímetros de água no Central Park, maior quantidade desde 1869, quando começaram as medições. Em uma hora, foram registrados quase 9 centímetros de chuva, superando o recorde recente -- de 11 dias atrás -- após a passagem do furacão Henri.
Na noite desta quinta-feira, 2 , a nova governadora do estado de NY declarou estado de emergência após as inundações, que poderiam afetar mais de 20 milhões de pessoas. Este foi o primeiro estado de emergência por uma inundação repentina desde a passagem do furacão Sandy, em outubro de 2012.
Centenas de voos também foram cancelados nos aeroportos, que ficaram alagados com a tempestade.
Desde domingo, 30, o Ida vem causando destruição no sul dos EUA, onde deixou milhares de casas inundadas e seis mortos nos estados de Mississippi, Louisiana e Alabama. Mais de um milhão de pessoas estão sem luz em seis estados (Louisiana, Pensilvânia, New Jersey, Nova York, Mississipi e Connecticut).
Os furacões são um fenômeno recorrente no sul dos Estados Unidos, mas o aquecimento da superfície do oceano está deixando as tempestades mais potentes, alertam os cientistas. (Com informações da AFP)
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