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Argentina: 68% da área de busca do submarino já foi rastreada

Com a ajuda de navios e aeronaves de 18 países, a busca é realizada a cerca de 450 km da costa da Patagônia

Submarino: as condições meteorológicas para as tarefas seriam muito boas nesta quarta e quinta-feira (Argentine Navy/Reuters)

Submarino: as condições meteorológicas para as tarefas seriam muito boas nesta quarta e quinta-feira (Argentine Navy/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 18h00.

A operação internacional para encontrar o submarino desparecido "ARA San Juan", com 44 tripulantes, já rastreou 68% da área de busca no Atlântico Sul, afirmou o porta-voz da Armada argentina nesta quarta-feira (29).

A área total de rastreamento se reduziu de 74 km para 40 km de raio, com base em informações dadas pelos Estados Unidos e pela Áustria, assim como por "cálculos matemáticos da direção e velocidade que havia informado" o submarino em seu último contato, anunciou Enrique Balbi durante seu relatório diário em Buenos Aires.

Com a ajuda de navios e aeronaves de 18 países, a busca é realizada a cerca de 450 km da costa da Patagônia, em uma área cuja profundidade varia entre 200 e 1.000 metros.

"É muito difícil estimar um número preciso de quando vamos chegar a 100%. Depende da meteorologia. A varredura é lenta", afirmou Balbi.

As condições meteorológicas para as tarefas seriam muito boas nesta quarta e quinta-feira, detalhou.

Esta quarta-feira chegou à zona o navio "Sophie Siem", que transporta um minissubmarino americano que pode submergir até 610 metros e resgatar 16 pessoas por vez.

Junto com um submarino russo que chegará nos próximos dias, este dispositivo será rebocado até o fundo do mar, uma vez localizado o "ARA San Juan", para determinar qual é a sua situação e resgatar eventuais sobreviventes.

No entanto, duas semanas depois de seu desaparecimento, as chances de encontrar os tripulantes com vida são pequenas, concordam especialistas.

A área de busca se concentra ao redor do ponto onde foi reportada uma explosão no dia do desaparecimento, 15 de novembro, três horas após a última comunicação do submarino.

Na última mensagem, às 07h30 locais (08h30 de Brasília) desse dia, o "ARA San Juan" informou mediante comunicação telefônica que havia passado por uma avaria nas baterias - reportada na madrugada - devido a um curto-circuito por entrada de água pelo snorkel.

"Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação ao tanque de baterias nº3 ocasionou curto-circuito e início de incêndio no balcão de barras de baterias. Baterias da proa fora de serviço. No momento em imersão propelindo com circuito dividido. Sem novidades da equipe, manterei informado", lê-se na mensagem naval enviada pela embarcação, cuja cópia exata foi vazada pela imprensa argentina na noite de segunda-feira.

Balbi reiterou que essa situação não foi considerada uma emergência e havia sido dada como superada, pois o comandante do submarino informou que continuaria seu rumo.

O "ARA San Juan" zarpou no domingo, 11 de novembro, de Ushuaia (3.200 km ao sul de Buenos Aires) para retornar a Mar del Plata (400 km ao sul da capital), seu porto habitual.

 

 

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