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Arcebispo diz que família católica vale por três muçulmanas

Meisner, que se aposenta no final de fevereiro, lamentou suas palavras e afirmou que "talvez tenham sido infelizes"

Igreja: "De forma alguma era minha intenção ofender as pessoas de outra religião", afirmou em comunicado (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 16h02.

Berlim - O arcebispo de Colônia, Joachim Meisner, desencadeou nesta quarta-feira uma polêmica na Alemanha ao afirmar que uma família católica vale por três famílias muçulmanas.

"Cada uma de suas famílias vale facilmente por três famílias muçulmanas", afirmou Meisner, de 80 anos, em uma reunião de um movimento conservador católico.

"Isso é difundir medo e incompreensão", lamentou Bekir Alboga, da organização turco-islâmica Ditib, em declarações à rede de informações Deutsche Welle.

"Na Alemanha precisamos de mediadores entre duas culturas, e não de pessoas que acreditam em divisões", acrescentou.

O responsável por questões de integração do governo de Angela Merkel , Aydan Ozoguz, afirmou, por sua vez, que se trata "da opinião pessoal de um alto dirigente católico" e que não ia comentar a declaração, mas que não compreendia suas palavras, segundo entrevista ao jornal regional Kolner Stadtanzeiger.

Segundo o presidente do Conselho Central dos Muçulmanos da Alemanha, Aiman Mazyek, essas palavras alimentam uma islamofobia "que não existe dentro da Igreja católica e, em particular, por parte do novo papa Francisco".

Meisner, que se aposenta no final de fevereiro, lamentou suas palavras e afirmou que "talvez tenham sido infelizes".

"De forma alguma era minha intenção ofender as pessoas de outra religião", afirmou em um comunicado publicado pela agência Dpa.

A Alemanha tem quatro milhões de muçulmanos, em sua maioria turcos ou de origem turca.

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Berlim - O arcebispo de Colônia, Joachim Meisner, desencadeou nesta quarta-feira uma polêmica na Alemanha ao afirmar que uma família católica vale por três famílias muçulmanas.

"Cada uma de suas famílias vale facilmente por três famílias muçulmanas", afirmou Meisner, de 80 anos, em uma reunião de um movimento conservador católico.

"Isso é difundir medo e incompreensão", lamentou Bekir Alboga, da organização turco-islâmica Ditib, em declarações à rede de informações Deutsche Welle.

"Na Alemanha precisamos de mediadores entre duas culturas, e não de pessoas que acreditam em divisões", acrescentou.

O responsável por questões de integração do governo de Angela Merkel , Aydan Ozoguz, afirmou, por sua vez, que se trata "da opinião pessoal de um alto dirigente católico" e que não ia comentar a declaração, mas que não compreendia suas palavras, segundo entrevista ao jornal regional Kolner Stadtanzeiger.

Segundo o presidente do Conselho Central dos Muçulmanos da Alemanha, Aiman Mazyek, essas palavras alimentam uma islamofobia "que não existe dentro da Igreja católica e, em particular, por parte do novo papa Francisco".

Meisner, que se aposenta no final de fevereiro, lamentou suas palavras e afirmou que "talvez tenham sido infelizes".

"De forma alguma era minha intenção ofender as pessoas de outra religião", afirmou em um comunicado publicado pela agência Dpa.

A Alemanha tem quatro milhões de muçulmanos, em sua maioria turcos ou de origem turca.

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