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Arábia Saudita promete US$ 3 bi para o Líbano

A promessa de recursos saudita é maior do que orçamento da Defesa do Líbano em 2012

Simpatizantes do Hezbollah: Arábia Saudita enviou dinheiro ao Líbano para combater forças do grupo ligado ao Irã (Anwar Amro/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 08h54.

Beirute - A Arábia Saudita prometeu US$ 3 bilhões para apoiar as Forças Armadas do Líbano , numa atitude de desafio ao Hezbollah, grupo ligado ao Irã, que há décadas é a principal força política e de segurança em território libanês.

O presidente do Líbano, Michel Suleiman, falou sobre a oferta saudita em rede nacional no domingo e disse que se trata do maior pacote de ajuda já conferido às forças de defesa do país.

A promessa de recursos saudita é maior do que orçamento da Defesa do Líbano em 2012, que segundo o instituto International Peace Research, sediado em Estocolmo, foi de US$ 1,7 bilhões.

O Líbano vai usar os recursos sauditas para comprar "armas mais novas e mais modernas" da França, disse

Suleiman, político independente que tem se tornado cada vez mais crítico ao Hezbollah.

Como um desafio direto ao Hezbollah, a doação saudita e sua aceitação pelo presidente libanês, tem o potencial de equilibrar o poder no Líbano e na região, mas também ameaça elevar ainda mais as tensões sectárias e políticas na região, que já sofre com a volatilidade dos três anos da guerra civil na Síria.

A decisão saudita foi anunciada horas depois de milhares de libaneses terem participado dos funerais do ex-ministro Mohamad Chatah e de algumas das vítimas do ataque à bomba, realizado no centro de Beirute, na sexta-feira. Acredita-se que o alvo do ataque era Chatah, crítico do domínio do Hezbollah sobre as questões de segurança libanesas, mas nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Na sexta-feira, a Arábia Saudita respondeu ao assassinato do líder pedindo que o Líbano desenvolva seu governo e suas Forças Armadas "para acabar com esta interferência na segurança do Líbano e dos libaneses".

A Arábia Saudita vê a si mesma como protetora dos muçulmanos sunitas libaneses. O governo saudita também apoia os rebeldes na Síria, enquanto o Irã e o Hezbollah apoiam o presidente sírio Bashar Assad.

O Hezbollah, uma facção política e milícia xiita que cresceu durante a resistência a ocupação israelense no país na década de 1980, rivaliza em influência com o governo e as forças de segurança do Líbano, não havia feito comentário público a respeito da ação saudita.

A ajuda de US$ 3 bilhões da Arábia Saudita ao Líbano supera o US$ 1 bilhão em assistência concedido pelos Estados Unidos às Forças Armadas libanesas desde 2006, quando Washington retomou a ajuda militar ao país após um longo período.

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Beirute - A Arábia Saudita prometeu US$ 3 bilhões para apoiar as Forças Armadas do Líbano , numa atitude de desafio ao Hezbollah, grupo ligado ao Irã, que há décadas é a principal força política e de segurança em território libanês.

O presidente do Líbano, Michel Suleiman, falou sobre a oferta saudita em rede nacional no domingo e disse que se trata do maior pacote de ajuda já conferido às forças de defesa do país.

A promessa de recursos saudita é maior do que orçamento da Defesa do Líbano em 2012, que segundo o instituto International Peace Research, sediado em Estocolmo, foi de US$ 1,7 bilhões.

O Líbano vai usar os recursos sauditas para comprar "armas mais novas e mais modernas" da França, disse

Suleiman, político independente que tem se tornado cada vez mais crítico ao Hezbollah.

Como um desafio direto ao Hezbollah, a doação saudita e sua aceitação pelo presidente libanês, tem o potencial de equilibrar o poder no Líbano e na região, mas também ameaça elevar ainda mais as tensões sectárias e políticas na região, que já sofre com a volatilidade dos três anos da guerra civil na Síria.

A decisão saudita foi anunciada horas depois de milhares de libaneses terem participado dos funerais do ex-ministro Mohamad Chatah e de algumas das vítimas do ataque à bomba, realizado no centro de Beirute, na sexta-feira. Acredita-se que o alvo do ataque era Chatah, crítico do domínio do Hezbollah sobre as questões de segurança libanesas, mas nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Na sexta-feira, a Arábia Saudita respondeu ao assassinato do líder pedindo que o Líbano desenvolva seu governo e suas Forças Armadas "para acabar com esta interferência na segurança do Líbano e dos libaneses".

A Arábia Saudita vê a si mesma como protetora dos muçulmanos sunitas libaneses. O governo saudita também apoia os rebeldes na Síria, enquanto o Irã e o Hezbollah apoiam o presidente sírio Bashar Assad.

O Hezbollah, uma facção política e milícia xiita que cresceu durante a resistência a ocupação israelense no país na década de 1980, rivaliza em influência com o governo e as forças de segurança do Líbano, não havia feito comentário público a respeito da ação saudita.

A ajuda de US$ 3 bilhões da Arábia Saudita ao Líbano supera o US$ 1 bilhão em assistência concedido pelos Estados Unidos às Forças Armadas libanesas desde 2006, quando Washington retomou a ajuda militar ao país após um longo período.

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