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Arábia Saudita pede a seus cidadãos que abandonem o Líbano

Advertência foi divulgada horas depois que um clã libanês, que sequestrou 30 sírios em represália pela captura de um de seus membros na Síria, ameaçou atacar outros alvos


	Aazaz: A situação se complicou depois que bombardeios contra a cidade atingissem 11 peregrinos xiitas libaneses
 (Frederic Lafargue/AFP)

Aazaz: A situação se complicou depois que bombardeios contra a cidade atingissem 11 peregrinos xiitas libaneses (Frederic Lafargue/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 19h06.

Riad/Beirute - A embaixada da Arábia Saudita em Beirute pediu nesta quarta-feira a seus cidadãos residentes no Líbano que abandonem imediatamente o país devido às recentes ameaças de sequestro a sauditas e à tensa situação local, influenciada pelo conflito sírio. 

Em comunicado, a representação diplomática de Riad na capital libanesa instou ainda aos sauditas que não viajem ao Líbano, embora esta medida já tenha sido adotada anteriormente.

No último dia 2 de julho a Arábia Saudita pediu a seus cidadãos que evitem viajar ao Líbano pela situação de ''instabilidade'' do país.

A advertência de hoje foi divulgada horas depois que um clã libanês, que sequestrou 30 sírios em represália pela captura de um de seus membros na Síria, ameaçou atacar outros alvos regionais.

Um porta-voz da família Al Mokdad responsabilizou hoje o Líbano, o Catar, a Turquia e a Arábia Saudita pelo destino de seu parente sequestrado, argumentando que ''apoiam o (rebelde) Exército Livre Sírio'', ao qual acusam do rapto.

A rede de televisão libanesa ''LBC'' disse que foram reforçadas as medidas de segurança nos arredores das embaixadas de Turquia, Catar e Arábia Saudita.

A situação se complicou ainda mais depois que os bombardeios contra a cidade síria de Azaz, na província setentrional do Líbano, atingissem 11 peregrinos xiitas libaneses que foram supostamente sequestrados pelos rebeldes em maio.

Ainda se desconhece o estado dos libaneses, mas as informações apontam que alguns deles teriam morrido nas explosões.


Os habitantes dessas áreas atacaram os sírios que se encontravam ali, e por isso as autoridades libanesas já desdobraram reforços militares no local.

Em seguida, foi a vez de as autoridades de Emirados Árabe Unidos e do Catar fazerem o mesmo pedido a seus cidadãos no Líbano.

Em comunicado, o subsecretário de Exteriores dos Emirados, Yuma Mubarak al Yenibi, disse que ''a advertência chega depois que nossa embaixada em Beirute recebesse informações que nossos cidadãos podem ser alvo de ataques neste país''.

Além disso, alegou que o Líbano atravessa ''difíceis e sensíveis circunstâncias políticas''. 

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