Após retorno de Erdogan, Turquia vivencia relativa calma
A noite transcorreu em calma em Ancara, enquanto as forças da ordem dispersaram uma centena de manifestantes que tentavam levantar uma barricada em Istambul
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2013 às 08h42.
Ancara - A noite transcorreu em calma em Ancara, enquanto as forças da ordem dispersaram uma centena de manifestantes que tentavam levantar uma barricada em um bairro humilde de Istambul, informou nesta sexta-feira o canal de televisão "NTV", que acrescentou que um dos manifestantes foi levado ao hospital após sofrer o impacto de uma bomba de efeito moral.
As forças da ordem dispersaram com um blindado, jatos de água e gás lacrimogêneo uma centena de manifestantes que pretendia levantar uma barricada para cortar o trânsito de uma movimentada avenida em Sultangazi, um carente bairro situado na periferia europeia de Istambul.
Já na capital Ancara, pela primeira vez, incidentes e confrontos não foram registrados, tendo em vista que a noite foi marcada por reuniões e bailes pacíficos de manifestantes, assinalou a fonte.
Toda a imprensa turca dedica hoje suas capas às declarações de Erdogan perante a multidão que o esperava durante sua chegada ontem à noite ao aeroporto de Istambul, após uma viagem pelo Magrebe iniciada na segunda-feira.
"Enviou mensagens moderadas", "Daria minha vida para cumprir as exigências democráticas", "Vim ganhar corações", eram alguns dos títulos estampados nos jornais de hoje que apoiam o governo do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), de Erdogan.
"Voltou com seu enfado", "Não está dando marcha ré", "Erdogan está destruindo Turquia", "A decidir: é ele democrata ou sultão?", relatavam, por outra parte, os da imprensa crítica em direção ao governo, que inclui alguns dos diários de mais influência e tiragem.
A Bolsa de Istambul reagiu com desconfiança ao discurso do primeiro-ministro e abriu em baixa, com uma queda de 1,3%.
Erdogan retornou uma semana depois do começo dos confrontos violentos iniciados contra um plano de remodelação do parque Gezi de Istambul, que derivaram em protestos contra o governo e se estenderam por todo o país ao longo dos dias.
Os milhares de seguidores que receberam o primeiro-ministro no aeroporto entoaram slogans contrários aos protestos que o jornal local "Milliyet" classificou de "perigosos".
Ao chegar, Erdogan pediu aos manifestantes "terminar imediatamente suas ações", frente a qual seus defensores responderam com palavras de ordem, como: "Uma só sinal de ti é suficiente", "Somos soldados de Tayyip", "Marchemos e acabemos com Taksim", "Minoria: não forces nossa paciência".
O primeiro-ministro afirmou que será averiguado se houve um uso excessivo da força, mas, ressaltou: "Pedem a retirada da Polícia. Este não é um lugar onde podes fazer de tudo o que se quer. A polícia está fazendo seu dever contra quem a ataca".
Antes de voltar a seu país, o chefe do Governo turco disse na Tunísia que não seu governo não ia retroceder em seu plano de remodelação do parque Gezi e que entre os manifestantes havia "terroristas".
Durante as manifestações desta semana, dois manifestantes morreram e outro se encontra em estado de morte cerebral. EFE
Ancara - A noite transcorreu em calma em Ancara, enquanto as forças da ordem dispersaram uma centena de manifestantes que tentavam levantar uma barricada em um bairro humilde de Istambul, informou nesta sexta-feira o canal de televisão "NTV", que acrescentou que um dos manifestantes foi levado ao hospital após sofrer o impacto de uma bomba de efeito moral.
As forças da ordem dispersaram com um blindado, jatos de água e gás lacrimogêneo uma centena de manifestantes que pretendia levantar uma barricada para cortar o trânsito de uma movimentada avenida em Sultangazi, um carente bairro situado na periferia europeia de Istambul.
Já na capital Ancara, pela primeira vez, incidentes e confrontos não foram registrados, tendo em vista que a noite foi marcada por reuniões e bailes pacíficos de manifestantes, assinalou a fonte.
Toda a imprensa turca dedica hoje suas capas às declarações de Erdogan perante a multidão que o esperava durante sua chegada ontem à noite ao aeroporto de Istambul, após uma viagem pelo Magrebe iniciada na segunda-feira.
"Enviou mensagens moderadas", "Daria minha vida para cumprir as exigências democráticas", "Vim ganhar corações", eram alguns dos títulos estampados nos jornais de hoje que apoiam o governo do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), de Erdogan.
"Voltou com seu enfado", "Não está dando marcha ré", "Erdogan está destruindo Turquia", "A decidir: é ele democrata ou sultão?", relatavam, por outra parte, os da imprensa crítica em direção ao governo, que inclui alguns dos diários de mais influência e tiragem.
A Bolsa de Istambul reagiu com desconfiança ao discurso do primeiro-ministro e abriu em baixa, com uma queda de 1,3%.
Erdogan retornou uma semana depois do começo dos confrontos violentos iniciados contra um plano de remodelação do parque Gezi de Istambul, que derivaram em protestos contra o governo e se estenderam por todo o país ao longo dos dias.
Os milhares de seguidores que receberam o primeiro-ministro no aeroporto entoaram slogans contrários aos protestos que o jornal local "Milliyet" classificou de "perigosos".
Ao chegar, Erdogan pediu aos manifestantes "terminar imediatamente suas ações", frente a qual seus defensores responderam com palavras de ordem, como: "Uma só sinal de ti é suficiente", "Somos soldados de Tayyip", "Marchemos e acabemos com Taksim", "Minoria: não forces nossa paciência".
O primeiro-ministro afirmou que será averiguado se houve um uso excessivo da força, mas, ressaltou: "Pedem a retirada da Polícia. Este não é um lugar onde podes fazer de tudo o que se quer. A polícia está fazendo seu dever contra quem a ataca".
Antes de voltar a seu país, o chefe do Governo turco disse na Tunísia que não seu governo não ia retroceder em seu plano de remodelação do parque Gezi e que entre os manifestantes havia "terroristas".
Durante as manifestações desta semana, dois manifestantes morreram e outro se encontra em estado de morte cerebral. EFE