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Após declaração de Merkel, May diz querer parceria forte com UE

Após os atritos das cúpulas da Otan e do G7 na semana passada, Merkel insinuou que os europeus têm que tomar seu destino nas próprias mãos

Theresa May: "Não estamos saindo da Europa. Estamos saindo da União Europeia", disse ela (Leon Neal/Reuters)

Theresa May: "Não estamos saindo da Europa. Estamos saindo da União Europeia", disse ela (Leon Neal/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2017 às 15h40.

Londres - A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que quer manter uma parceria forte com a União Europeia na segurança e no comércio depois que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, deu a entender que o continente não pode mais contar plenamente com o Reino Unido.

Após os atritos das cúpulas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e do G7 na semana passada, Merkel - que busca a reeleição em setembro - insinuou no domingo que os europeus têm que tomar seu destino nas próprias mãos, causando preocupações em Washington e Londres.

Indagada sobre os comentários, May disse ser apropriado que o resto do bloco contemple seu futuro, mas deixou claro que seu país quer continuar sendo um parceiro destacado.

"Não estamos saindo da Europa. Estamos saindo da União Europeia", disse ela em um evento de campanha na capital inglesa.

"Continuamos a querer uma parceria profunda e especial com os 27 países restantes da União Europeia e iremos continuar comprometidos a trabalhar com outros na Europa tanto em termos de... um acordo de livre comércio abrangente quanto em termos de nossa segurança", disse.

May, que convocou uma eleição antecipada para 8 de junho, viu sua dianteira diminuir consideravelmente depois de um ataque em Manchester e de ter voltado atrás em planos de cobrar os idosos pelos cuidados que recebem.

Ela reiterou nesta segunda-feira seu pedido para que os eleitores lhe deem um mandato forte e alertou para os perigos de um resultado que não dê maioria a nenhum partido, dizendo que não pode haver atraso nas conversas sobre a desfiliação da UE, que começam em 19 de junho.

"Estas negociações irão começar só 11 dias depois do dia da eleição e não vai haver nenhum adiamento. Não será possível contê-las", disse.

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