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Irã libera acesso a e-mails internacionais

O bloqueio acontece poucos dias antes das eleições legislativas do dia 2 de março, que representam uma forte luta pelo poder dentro do regime islâmico

A medida também coincide com a chegada de uma visita de dois dias de uma missão de alta categoria da Agência Internacional de Energia Atômica (Stock.Xchange)

A medida também coincide com a chegada de uma visita de dois dias de uma missão de alta categoria da Agência Internacional de Energia Atômica (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 18h08.

Teerã - Os e-mails gratuitos de provedores internacionais, como Google, Hotmail e Yahoo!, assim como outros sites que têm como via de acesso o protocolo 'https' para conexões seguras, foram desbloqueados nesta segunda-feira no Irã, após passar pelo menos 18 horas fora do ar, segundo comprovou a Agência Efe.

O bloqueio acontece poucos dias antes das eleições legislativas do dia 2 de março, que representam uma forte luta pelo poder dentro do regime islâmico.

A medida também coincide com a chegada de uma visita de dois dias de uma missão de alta categoria da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), para discutir com as autoridades sobre o programa nuclear iraniano, que se suspeita ter uma vertente militar.

Além disso, neste domingo Teerã anunciou o corte de provisão de petróleo às empresas da França e Reino Unido em represália pelas novas sanções financeiras e petrolíferas da União Europeia ao Irã, o que pode aumentar a tensão internacional.

Entre 9 e 13 de fevereiro, essas páginas da internet também estiveram bloqueadas no Irã, onde, segundo a imprensa local, cerca de 30 milhões de usuários foram afetados durante três dias e ficaram sem acesso a provedores de e-mail.

Um grande número de páginas na internet está censurado pelas autoridades iranianas, entre elas as de muitos veículos da imprensa estrangeira e também de grupos sociais e políticos, tanto iranianos como de outros países, que o governo de Teerã vê como hostis.

Outras páginas não podem ser consultadas porque as autoridades consideram que atacam a estrita moral da República Islâmica ou porque em seu endereço na internet usa palavras que os censores iranianos classificam como perigosas.

As redes sociais, especialmente o Facebook, e inclusive as versões do buscador Google, exceto o google.com, também estão bloqueadas. O mesmo acontece com os blogs, seja qual for sua origem ou o tema que tratem. 

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