Anistia acusa Kadafi e rebeldes de crimes de guerra
Em um relatório de 122 páginas, a Anistia expõe uma série de exemplos de violações cometidas pelo regime do coronel Kadafi
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2011 às 23h49.
Trípoli - A Anistia Internacional acusou nesta terça-feira (horário local) o regime de Muamar Kadhafi de crimes contra a humanidade na Líbia, enquanto acusou também os rebeldes pró-CNT de terem cometido abusos que, em alguns casos, constituem crimes de guerra.
Em um relatório de 122 páginas, a Anistia expõe uma série de exemplos de violações cometidas pelo regime do coronel Kadhafi, enquanto que afirma que o Conselho Nacional de Transição (CNT) não parece disposto a responsabilizar os rebeldes por violações aos direitos humanos.
"O CNT enfrenta a difícil tarefa de controlar os combatentes da oposição e os grupos paramilitares responsáveis por graves violações aos direitos humanos, incluindo possíveis crimes de guerra, mas se mostra resistente a declará-los reponsáveis", afirma a Anistia.
"Os responsáveis da oposição aos quais a Anistia Internacional informou essa preocupação condenaram os abusos, mas com frequência minimizaram seu alcance e gravidade", diz a organização.
"Os combatentes da oposição e seus partidários sequestraram, prenderam abritrariamente, torturaram e assassinaram ex-membros das forças de segurança suspeitos de serem leais a Kadhafi, enquanto capturaram soldados e cidadãos estrangeiros suspeitos erroneamente de serem mercenários que lutavam por Kadhafi", indica.
Entre os muitos exemplos de violação aos direitos humanos, a Anistia cita particularmente um caso, ocorrido no início da insurgência: um grupo de soldados de Kadhafi, capturados pelos rebeldes que foram "espancados até a morte, dos quais ao menos três foram enforcados e outros mortos após terem sido capturados ou terem se rendido".
Os responsáveis do CNT também fizeram pouco para corrigir a afirmação errônea segundo a qual os homens procedentes da África subsaariana eram mercenários, lamenta a Anistia.
A Anistia reconhece, no entanto, que os crimes de guerra cometidos pela oposição são de "menor escala" frente aos do regime de Kadhafi.
O relatório da Anistia, intitulado "A Batalha pela Líbia: Assassinatos, Desaparecimentos e Tortura" é o documento mais recente com uma relação detalhada das violações na Líbia.
"As novas autoridades devem romper totalmente com as violações cometidas nas últimas quatro décadas e estabelecer novas normas que coloquem os direitos humanos no centro de seu programa", declara Claudio Cordone, membro da direção-geral da Anistia Internacional, citado no relatório.
Trípoli - A Anistia Internacional acusou nesta terça-feira (horário local) o regime de Muamar Kadhafi de crimes contra a humanidade na Líbia, enquanto acusou também os rebeldes pró-CNT de terem cometido abusos que, em alguns casos, constituem crimes de guerra.
Em um relatório de 122 páginas, a Anistia expõe uma série de exemplos de violações cometidas pelo regime do coronel Kadhafi, enquanto que afirma que o Conselho Nacional de Transição (CNT) não parece disposto a responsabilizar os rebeldes por violações aos direitos humanos.
"O CNT enfrenta a difícil tarefa de controlar os combatentes da oposição e os grupos paramilitares responsáveis por graves violações aos direitos humanos, incluindo possíveis crimes de guerra, mas se mostra resistente a declará-los reponsáveis", afirma a Anistia.
"Os responsáveis da oposição aos quais a Anistia Internacional informou essa preocupação condenaram os abusos, mas com frequência minimizaram seu alcance e gravidade", diz a organização.
"Os combatentes da oposição e seus partidários sequestraram, prenderam abritrariamente, torturaram e assassinaram ex-membros das forças de segurança suspeitos de serem leais a Kadhafi, enquanto capturaram soldados e cidadãos estrangeiros suspeitos erroneamente de serem mercenários que lutavam por Kadhafi", indica.
Entre os muitos exemplos de violação aos direitos humanos, a Anistia cita particularmente um caso, ocorrido no início da insurgência: um grupo de soldados de Kadhafi, capturados pelos rebeldes que foram "espancados até a morte, dos quais ao menos três foram enforcados e outros mortos após terem sido capturados ou terem se rendido".
Os responsáveis do CNT também fizeram pouco para corrigir a afirmação errônea segundo a qual os homens procedentes da África subsaariana eram mercenários, lamenta a Anistia.
A Anistia reconhece, no entanto, que os crimes de guerra cometidos pela oposição são de "menor escala" frente aos do regime de Kadhafi.
O relatório da Anistia, intitulado "A Batalha pela Líbia: Assassinatos, Desaparecimentos e Tortura" é o documento mais recente com uma relação detalhada das violações na Líbia.
"As novas autoridades devem romper totalmente com as violações cometidas nas últimas quatro décadas e estabelecer novas normas que coloquem os direitos humanos no centro de seu programa", declara Claudio Cordone, membro da direção-geral da Anistia Internacional, citado no relatório.