Analistas minimizam impacto de crise dos EUA na China
"Ninguém" acredita na possibilidade de os Estados Unidos não pagarem os juros sobre os títulos da dívida, segundo professor da Universidade de Pequim
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2011 às 10h45.
Pequim - O impacto real para a China de uma eventual suspensão do pagamento da dívida dos Estados Unidos será menor do que faz supor o espetacular tamanho das reservas internacionais do país denominadas em dólar, avaliam os economistas americanos Michael Pettis e Patrick Chovanec, professores das duas universidades de maior prestígio sediadas em Pequim.
"A China não enfrenta nenhuma pressão para vender seus títulos do Tesouro. Pelo contrário, eles precisam comprar mais bônus, em razão da acumulação de reservas internacionais", declarou Chovanec, da Universidade Tsinghua, para quem qualquer perda - ao menos no curto prazo - ocorrerá apenas "no papel".
Pettis, professor da Universidade de Pequim, afirmou que "ninguém" acredita na possibilidade de os Estados Unidos não pagarem os juros sobre os títulos da dívida. Segundo ele, pode ocorrer um "default técnico" temporário, mas no fim seriam pagos juros sobre juros. Maior credor internacional de Washington, a China tem US$ 3,2 trilhões em reservas internacionais, 70% dos quais aplicados em ativos denominados em dólar.
Só em títulos do Tesouro americano, os chineses têm pelo menos US$ 1,159 trilhão, valor que muitos analistas consideram subestimado, por não incluir compras não oficiais. Na avaliação de Chovanec, a origem do problema enfrentado pela China é a política cambial que leva Pequim a acumular reservas, às quais precisam ser investidas em algum lugar.
Ontem, a Câmara dos Representantes dos EUA, dominada pelo Partido Republicano, rejeitou, em votação simbólica, o plano do Partido Democrata para elevar o limite legal de endividamento do governo do país. O Senado, controlado pelos democratas, havia votado contra um plano dos republicanos na noite anterior, de modo que persiste o impasse político que poderá levar à declaração de moratória da maior economia do mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Pequim - O impacto real para a China de uma eventual suspensão do pagamento da dívida dos Estados Unidos será menor do que faz supor o espetacular tamanho das reservas internacionais do país denominadas em dólar, avaliam os economistas americanos Michael Pettis e Patrick Chovanec, professores das duas universidades de maior prestígio sediadas em Pequim.
"A China não enfrenta nenhuma pressão para vender seus títulos do Tesouro. Pelo contrário, eles precisam comprar mais bônus, em razão da acumulação de reservas internacionais", declarou Chovanec, da Universidade Tsinghua, para quem qualquer perda - ao menos no curto prazo - ocorrerá apenas "no papel".
Pettis, professor da Universidade de Pequim, afirmou que "ninguém" acredita na possibilidade de os Estados Unidos não pagarem os juros sobre os títulos da dívida. Segundo ele, pode ocorrer um "default técnico" temporário, mas no fim seriam pagos juros sobre juros. Maior credor internacional de Washington, a China tem US$ 3,2 trilhões em reservas internacionais, 70% dos quais aplicados em ativos denominados em dólar.
Só em títulos do Tesouro americano, os chineses têm pelo menos US$ 1,159 trilhão, valor que muitos analistas consideram subestimado, por não incluir compras não oficiais. Na avaliação de Chovanec, a origem do problema enfrentado pela China é a política cambial que leva Pequim a acumular reservas, às quais precisam ser investidas em algum lugar.
Ontem, a Câmara dos Representantes dos EUA, dominada pelo Partido Republicano, rejeitou, em votação simbólica, o plano do Partido Democrata para elevar o limite legal de endividamento do governo do país. O Senado, controlado pelos democratas, havia votado contra um plano dos republicanos na noite anterior, de modo que persiste o impasse político que poderá levar à declaração de moratória da maior economia do mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.