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Americano que foi membro do Talibã é libertado após 17 anos

Conhecido como "talibã americano", John Walker Lindh foi detido enquanto lutava com os insurgentes islamistas em 2001

Talibã: Lindh terá liberdade condicional que limita sua entrar em contato com outros islamistas (STR/Reuters)

Talibã: Lindh terá liberdade condicional que limita sua entrar em contato com outros islamistas (STR/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de maio de 2019 às 12h35.

John Walker Lindh, 38, o "talibã americano" capturado enquanto lutava com os insurgentes islamistas em novembro de 2001, foi solto nesta quinta-feira (23), após 17 anos de prisão - informou a imprensa local, citando seu advogado, Bill Cummings.

A rede CNN e o jornal The Washington Post disseram que Lindh deixou o presídio federal de segurança máxima em Terre Haute, Indiana. Ele ficará na Virgínia sob rígidos termos de liberdade condicional que limitam sua capacidade de entrar em contato com outros islamistas, por quaisquer meios.

Mais cedo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a soltura de Lindh é "inexplicável e irracional".

"Pelo que eu entendo, ainda ameaça os Estados Unidos da América e ainda continua comprometido com a mesma Jihad, à qual se uniu, e que matou um grande americano e um grande oficial", o agente de elite da CIA Johnny Spann, disse Pompeo ao canal Fox News.

"Tem algo profundamente preocupante e ruim nele", acrescentou.

"Eu dirigi a CIA. Johnny Micheal Spann era um dos nossos, um homem incrivelmente honesto e corajoso", disse.

"Agora permitimos a saída da prisão de alguém que esteve envolvido em sua morte depois de uma sentença relativamente curta", protestou, pedindo a "revisão" da decisão.

Depois de ser capturado em 2001, John Walker Lindh foi detido junto com outros talibãs em uma prisão perto de Mazar-e-Sharif, no norte do Afeganistão. Foi interrogado por Spann, assassinado pouco depois de um motim de presos, tornando-se o primeiro americano a morrer na "Guerra Global ao Terror" lançada por George W. Bush.

Ferido durante a rebelião, Lindh foi enviado de volta para os Estados Unidos para ser julgado e condenado a 20 anos de prisão, em outubro de 2002.

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