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Americano é acusado de tentar vender segredos nucleares

O FBI informou a detenção de um cidadão americano e ex-funcionário de comissão reguladora nuclear dos EUA por tentar extrair informação da área de Energia


	Sede do FBI: Charles Harvey Eccleston, de 62 anos, foi detido nas Filipinas, onde vivia desde 2011
 (Joe Raedle/AFP)

Sede do FBI: Charles Harvey Eccleston, de 62 anos, foi detido nas Filipinas, onde vivia desde 2011 (Joe Raedle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 22h53.

Washington - O FBI informou nesta sexta-feira da detenção de um cidadão americano e ex-funcionário da Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC) por ter tentado extrair informação sensível do Departamento de Energia para vendê-la a terceiros países.

Charles Harvey Eccleston, de 62 anos, foi detido nas Filipinas, onde vivia desde 2011, e extraditado aos EUA para responder às acusações criminais.

A técnica usada por Eccleston para tentar adquirir a informação sensível foi a conhecida como "spear-phishing" (fraude eletrônica), por meio da qual se envia um e-mail a uma série de destinatários que aparece como proveniente de uma fonte segura, já que estes reconhecem o remetente.

No entanto, ao abri-lo, o computador do destinatário fica infectado por um vírus informático que pode extrair a informação armazenada nele.

Eccleston foi demitido da NRC em 2010 e, após abandonar a agência governamental, se dirigiu a uma embaixada de um país não identificado e propôs fornecer-lhes informação confidencial que tinha obtido do governo de EUA, o que levantou as suspeitas do FBI.

A polícia federal americana enviou então agentes encobertos para que se encontrassem com Eccleston fazendo-se passar por representantes de um país estrangeiro e o ex-funcionário da NRC lhes ofereceu enviar e-mails fraudulentos para danificar os computadores do Departamento de Energia e extrair informação sensível em troca de um pagamento.

Eccleston enviou estes e-mails a mais de 80 de seus antigos companheiros em janeiro de 2015, mas o FBI assegurou que nenhum computador governamental foi infectado pelo vírus.

O ex-funcionário da Comissão Reguladora Nuclear enfrenta agora quatro acusações criminais, entre elas a de fraude eletrônica, pelas quais poderia ser condenado a até 50 anos de prisão.

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