Washington - Lisa Coleman, 38 anos, será executada por injeção letal na noite desta quarta-feira no Texas (sul dos Estados Unidos), pelo sequestro e maus-tratos do filho de sua companheira.
A menos que a Suprema Corte do país adie a decisão, a execução está prevista para as 18h00 (20h00 de Brasília) em Huntsville, segundo autoridades penitenciárias do estado.
Lisa Coleman foi declarada culpada em julho de 2004 pela morte de Davontae Williams, de 9 anos, filho de sua companheira Marcella Williams, que morreu de fome e cujo corpo de 15 quilos foi encontrado com marcas de espancamento no apartamento do casal, segundo um documento judicial.
A detida apresentou na terça-feira um último recurso ante a Suprema Corte, argumentando que o agravante do sequestro, o que lhe valeu a condenação à morte, não foi suficientemente examinado durante o julgamento.
"Pode ser executada por um crime que não é passível da pena de morte", afirmou seu advogado, John Stickels, no recurso.
"Coleman apresentou um recurso em virtude do qual é na realidade inocente (...) já que seu advogado no julgamento não havia investigado ou apresentado as provas disponíveis para refutar o agravante do sequestro, que a tornou elegível para a maior punição", acrescentou no documento.
O menino de 9 anos, que circulava livremente no bairro, segundo testemunhas, foi encontrado em sua casa, o que refuta, segundo advogados, a teoria do sequestro.
Sua mãe se declarou culpada da morte por maus tratos e cumpre prisão perpétua.
No entanto, Lisa Coleman, que vivia no mesmo apartamento de Arlington, Texas, recebeu a pena capital.
Caso seja executada, esta será a trigésima execução do ano nos Estados Unidos, nove das quais ocorreram no Texas.
Além disso, será a décima-quinta mulher executada nos Estados Unidos de um total de 1.389 condenados desde que a pena capital voltou a ser instaurada, em 1976.
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1. Índice letal
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1/8 (Getty Images)
São Paulo – Pelo menos 676 pessoas morreram em 2011, vítimas de execuções oficiais por estados, enquanto outras 18.750 sentenciados continuam aguardando o cumprimento da pena de morte em todo o mundo. É o que mostra o mais recente relatório da Anistia Internacional, que não inclui na conta as milhares de pessoas que a organização acredita terem sido executadas ilegalmente na
China. O número representa um aumento sobre as execuções oficiais registradas em 2010 – 527, em todo o mundo. De acordo com a organização, o aumento se deve ao aumento de sentenças cumpridas no Irã, Iraque e Arábia Saudita. Segundo balanço anual da organização, 140 países já aboliram a pena de morte – seja no papel ou na prática –, mas outros 20 executaram prisioneiros no ano passado. Métodos como decapitação e enforcamento continuam em uso em alguns deles. Clique nas fotos para saber quais são os países que mais fizeram uso da pena de morte em 2011.
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2. China (milhares)
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2/8 (AFP/Arquivo)
Como as execuções na China não são oficialmente registradas, não é possível determinar o número exato de mortes, mas a Anistia estima que elas estejam na casa dos milhares. EM 2011, o país aboliu a pena de morte para 13 crimes, principalmente os de colarinho branco, mas o país manteve a pena capital para muitos crimes violentos, incluindo corrupção e tráfico de drogas. A organização também alega que muitas execuções são realizadas sem que antes tenha havido um julgamento apropriado, com confissões obtidas por meio de tortura e putros meios ilegais.
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3. Irã (mais de 360)
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3/8 (Getty Images)
Mais de 360 pessoas foram executadas no Irã em 2011, entre elas as de pelo menos quatro mulheres e três homens que eram menores de 18 anos quando cometeram os crimes. O país também é um dos quatro no mundo que realiza execuções em público – pelos 50 execuções públicas foram realizadas no ano passado. Além de observar um aumento no volume de execuções oficiais, a organização estima que centenas de mortes deixaram de ser reportadas. Entre as acusações punidas com a pena capital no ano passado estão as de “sodomia” e “espalhar a corrupção na Terra”.
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4. Arábia Saudita (mais de 82)
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4/8 (Hamad Olayan/AFP)
As execuções oficiais mais que triplicaram na Arábia Saudita em 2011. Pelo menos 82 pessoas – contra 27 no anterior- foram executadas, incluindo 28 estrangeiros e cinco mulheres. O número representa um retrocesso para o país, que vinha diminuindo o número de execuções desde 2007, segundo a Anistia. A maioria dos prisioneiros não recebeu julgamento respeitando padrões internacionais. Em muitos casos, os acusados não tiveram direito a advogado e foram condenados com base em confissões obtidas à força, de acordo com a organização.
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5. Iraque (mais de 68)
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5/8 (Getty Images)
Pelo menos 68 pessoas foram executadas no Iraque no ano passado, incluindo dois estrangeiros e três mulheres. O governo iraquiano recebeu 735 pedidos de execução para sancionar, entre janeiro de 2009 e setembro de 2011, tendo autorizado 81 delas. Na maioria dos casos, as acusações eram de envolvimento em ataques por grupos armados e práticas de crimes violentos, como assassinado, sequestro e estupro. Os julgamentos na corte criminal foram breves, durando apenas poucos minutos em alguns casos, segundo o relatório.
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6. Estados Unidos (43)
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6/8 (Getty Images)
Os Estados Unidos são o único país do G8 a manter a pena de morte. No ano passado, o estado de Illinois abriu mão da punição capital, somando-se a 15 outros estados norte-americanos “abolicionistas”, mas 43 execuções ainda foram realizadas no país. A maioria delas – 73% - ocorreu em estados do Sul. Ainda de acordo com o relatório, foram emitidas 78 sentenças de morte no país em 2011.
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7. Iêmen (mais de 41)
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7/8 (AFP)
Mais de 41 pessoas foram executadas no Iêmen no ano passado. Outras 29 foram condenadas à morte. Extraoficialmente, a Anistia acredita que os números sejam ainda mais elevados. A pena de morte foi aplicada a uma variedade de ofensas, incluindo crimes não violentos. Embora a lei do país proíba o procedimento, execuções de menores de 18 anos também foram registradas, de acordo com o relatório.
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8. Coréia do Norte (mais de 30)
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8/8 (Getty Images)
Na Coréia do Norte, foram registradas pelo menos 30 execuções oficialmente, mas o número é considerado grosseiramente subestimado pela Anistia. Segundo relatórios não confirmados recebidos pela organização, dezenas de soldados foram presos e executados como parte do processo de consolidação no poder de Kim Jong-un, que sucedeu seu pai como ditador do país após sua morte.