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Alta do petróleo ainda tem efeito limitado no país, diz Mantega

De acordo com o ministro, as commodities em alta são as principais responsáveis pelo aumento da inflação doméstica nos últimos meses

Produção de petróleo no oriente médio: preços mundiais oscilam com tensões políticas (Joe Raedle/Getty Images)

Produção de petróleo no oriente médio: preços mundiais oscilam com tensões políticas (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 00h21.

São Paulo - O repique recente nos preços do petróleo, em decorrência da crise em vários países do mundo árabe, ainda tem um efeito limitado sobre a economia brasileira, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na terça-feira.

"Por enquanto, a crise do petróleo ainda é limitada", disse Mantega em entrevista ao canal GloboNews. "É claro que, se subir o petróleo permanentemente ... a economia norte-americana e a europeia podem se recuperar mais lentamente".

A cotação futura do petróleo nos Estados Unidos fechou no maior valor desde setembro de 2008 na terça-feira, com a escalada do conflito na Líbia levantando preocupações sobre novas revoltas civis em países produtores do Oriente Médio e do norte da África.

De acordo com o ministro, as commodities em alta são as principais responsáveis pelo aumento da inflação doméstica nos últimos meses, fenômeno que está acontecendo em várias partes do mundo.

"(A inflação) subiu em todos lugares por causa das commodities. Não é problema brasileiro", afirmou, ponderando que neste caso há pouco o que a política monetária possa fazer.

As declarações acontecem no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que termina na noite de quarta-feira, quando será anunciada a nova Selic, atualmente em 11,25 por cento ao ano.

A expectativa majoritária é de que haverá um aumento de 0,5 ponto na taxa básica do juro.

Além disso, alegou Mantega, o aumento sazonal das tarifas de ônibus e de mensalidades escolares no começo do ano no Brasil trouxe pressão adicional aos índices de preços, mas esse movimento já está começando a se esvaziar.

"Daqui para frente vai começar a cair. No ano passado começou assim, mais forte no começo do ano, depois diminuiu. Podemos ter uma trajetória semelhante nesse ano", disse o ministro.

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