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Alta Corte de Londres examina recurso contra extradição de Assange

Líder do WikiLeaks está representado por uma nova advogada, a veterana Gareth Peirce, especialista em casos de extradição e direitos humanos

Julian Assange, contra quem até o momento não foram feitas acusações formais na Suécia, nega os quatro supostos crimes de agressão sexual (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Julian Assange, contra quem até o momento não foram feitas acusações formais na Suécia, nega os quatro supostos crimes de agressão sexual (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 10h55.

Londres - A Alta Corte de Londres começou a examinar nesta terça-feira o recurso apresentado pelo fundador do site WikiLeaks Julian Assange contra a decisão de extraditá-lo para a Suécia, país que o reclama para interrogá-lo por quatro supostos crimes de agressão sexual.

O australiano, que no domingo completou 40 anos, chegou às 9h30 locais (5h30 de Brasília) ao tribunal e não fez declarações aos jornalistas presentes.

A audiência, presidida pelos juízes John Thomas e Duncan Ouseley, continuará na quarta-feira e não deve resultar em uma decisão imediata. Como Assange ainda dispõe da possibilidade de recorrer à Suprema Corte, o caso pode demorar vários meses.

Julian Assange, contra quem até o momento não foram feitas acusações formais na Suécia, nega os quatro supostos crimes de agressão sexual, incluindo um estupro, denunciados por duas mulheres, mas admite ter mantido relações consensuais com ambas em agosto de 2010.

O australiano recorreu em março contra a decisão do juiz de primeira instância Howard Riddle, que não aceitou os argumentos da defesa, principalmente o de que não teria um julgamento justo.

Assange está representado por uma nova advogada, a veterana Gareth Peirce, especialista em casos de extradição e direitos humanos.

Assange foi detido no fim do ano passado em Londres em virtude de uma ordem de captura europeia. Depois de passar novo dias na prisão, está desde 16 de dezembro em liberdade condicional e vive praticamente o tempo todo na mansão de um amigo a 200 km da capital inglesa.

A detenção aconteceu após o início da divulgação, em 2010, de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais americanos pelo WikiLeaks, assim como de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Os partidários de Assange denunciam que o caso tem motivações políticas e que a extradição para a Suécia seria apenas uma etapa antes do australiano ser entregue aos Estados Unidos, país que ainda estuda uma maneira de acusá-lo formalmente.

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