Alpinistas não desistem de Everest mesmo após terremoto
Um dia depois de ajudar a recuperar os corpos de 12 de pelo menos 17 vítimas da avalanche, Nick Cienski sofreu para decidir se continuava sua jornada
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2015 às 13h45.
Nova Délhi - O alpinista Nick Cienski não desistiu da tentativa de quebrar seu recorde mundial escalando seis picos de 8 mil metros este ano, apesar de escapar por pouco de uma enorme avalanche no Monte Everest no sábado, desencadeada por um terremoto que matou milhares de pessoas no Nepal .
A avalanche resultante do tremor de 7,9 graus de magnitude derrubou tendas, pessoas e equipamentos por centenas de metros e por pouco não atingiu sua equipe, contou o canadense à Reuters nesta segunda-feira por telefone via satélite de sua base.
Um dia depois de ajudar a recuperar os corpos de 12 de pelo menos 17 vítimas da avalanche, Cienski sofreu para decidir se continuava sua jornada na pobre nação aos pés do Himalaia, atingida por uma tragédia muito maior – mais de 3.700 pessoas morreram.
“Ainda estamos nos debatendo com muitas emoções: 24 horas atrás estávamos embrulhando restos de corpos em sacos”, disse Cienski, tendo ao fundo o ruído dos helicópteros que resgatavam de dois em dois os alpinistas localizados mais acima no pico mais alto do mundo.
“Então, por um lado, há esse fato... e por outro lado, somos alpinistas, e é isso que fazemos”, disse.
“Assim sendo, faz sentido continuar?”, indagou Cienski, executivo de uma empresa norte-americana de vestuário.
Sobreviventes feridos foram retirados da montanha pelo ar no domingo, mas muitos dos mais de 300 alpinistas estrangeiros que tentam escalar o Everest irão permanecer no local por enquanto.
Phil Crampton, líder de uma expedição da empresa nova-iorquina Altitude Junkies, declarou no domingo que muitas equipes estão fazendo pé firme, mas não ficou claro se a sua irá deixar a base ou seguir adiante.
Crampton estava na montanha de 8.850 metros um ano atrás, quando uma avalanche atingiu as cascatas de gelo de Khumbu, matando 16 guias – conhecidos como sherpa – na pior tragédia do alpinismo no Everest até hoje.
“Acho que vamos todos simplesmente esperar e ver o que acontece”, afirmou ele à Reuters por telefone.
A revolta dos sherpas causou o cancelamento da escalada na temporada passada e levou a promessas de melhor remuneração para os guias.
Este ano, o sentimento geral na base do Everest foi que o terremoto e a avalanche tiraram vidas tanto de alpinistas locais quanto de estrangeiros, e que por isso a temporada irá continuar. Entre os mortos estão três norte-americanos e um japonês.
Nova Délhi - O alpinista Nick Cienski não desistiu da tentativa de quebrar seu recorde mundial escalando seis picos de 8 mil metros este ano, apesar de escapar por pouco de uma enorme avalanche no Monte Everest no sábado, desencadeada por um terremoto que matou milhares de pessoas no Nepal .
A avalanche resultante do tremor de 7,9 graus de magnitude derrubou tendas, pessoas e equipamentos por centenas de metros e por pouco não atingiu sua equipe, contou o canadense à Reuters nesta segunda-feira por telefone via satélite de sua base.
Um dia depois de ajudar a recuperar os corpos de 12 de pelo menos 17 vítimas da avalanche, Cienski sofreu para decidir se continuava sua jornada na pobre nação aos pés do Himalaia, atingida por uma tragédia muito maior – mais de 3.700 pessoas morreram.
“Ainda estamos nos debatendo com muitas emoções: 24 horas atrás estávamos embrulhando restos de corpos em sacos”, disse Cienski, tendo ao fundo o ruído dos helicópteros que resgatavam de dois em dois os alpinistas localizados mais acima no pico mais alto do mundo.
“Então, por um lado, há esse fato... e por outro lado, somos alpinistas, e é isso que fazemos”, disse.
“Assim sendo, faz sentido continuar?”, indagou Cienski, executivo de uma empresa norte-americana de vestuário.
Sobreviventes feridos foram retirados da montanha pelo ar no domingo, mas muitos dos mais de 300 alpinistas estrangeiros que tentam escalar o Everest irão permanecer no local por enquanto.
Phil Crampton, líder de uma expedição da empresa nova-iorquina Altitude Junkies, declarou no domingo que muitas equipes estão fazendo pé firme, mas não ficou claro se a sua irá deixar a base ou seguir adiante.
Crampton estava na montanha de 8.850 metros um ano atrás, quando uma avalanche atingiu as cascatas de gelo de Khumbu, matando 16 guias – conhecidos como sherpa – na pior tragédia do alpinismo no Everest até hoje.
“Acho que vamos todos simplesmente esperar e ver o que acontece”, afirmou ele à Reuters por telefone.
A revolta dos sherpas causou o cancelamento da escalada na temporada passada e levou a promessas de melhor remuneração para os guias.
Este ano, o sentimento geral na base do Everest foi que o terremoto e a avalanche tiraram vidas tanto de alpinistas locais quanto de estrangeiros, e que por isso a temporada irá continuar. Entre os mortos estão três norte-americanos e um japonês.