Aliados e oposição síria questionam convite ao Irã
Porta-voz de Ban Ki-Moon disse que Irã "fez um comunicado público decepcionante" sugerindo que não aceita termos para participar das negociações de paz na Suíça
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h21.
Nações Unidas - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Ban Ki-moon, está "considerando urgentemente suas opções" em vista do que qualificou como "conduta decepcionante de alguns dos participantes" envolvidos nas negociações para pacificar a Síria, declarou seu porta-voz, Martin Nesirky.
De acordo com ele, Ban está "consternado" com os desdobramentos ocorridos depois do anúncio feito por ele ontem à noite de que a ONU havia convidado o Irã a participar das negociações marcadas para esta semana em Genebra.
Nesirky disse que o Irã, apesar das promessas, "fez um comunicado público decepcionante" sugerindo que não aceita os termos para participar das negociações de paz na Suíça.
Autoridades dos EUA disseram que o convite deve ser retirado a menos que o Irã endosse publicamente a formação de um governo de transição para a Síria que vai abrir caminho para eleições democráticas.
O principal grupo de oposição síria determinou que o Irã tem até as 17 horas (de Brasília) para se comprometer publicamente com a retirada de suas "tropas e milícias" da Síria e aceitar os termos da ONU ou o convite para o país participar das negociações em Genebra deve ser retirado.
A ONU fez um convite de última hora neste domingo para o Irã, aliado próximo do presidente sírio Bashar Assad, levando a coalizão de oposição a ameaçar não fazer parte das negociações e colocando em dúvida a eficácia da conferência em Genebra.
O convite foi feito após o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter recebido uma ligação telefônica do ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmando que o país iria desempenhar um papel positivo durante a conferência.
De acordo com Ban, Javad Zarif teria dito que o Irã havia mudado sua posição e concordado com as determinações da ONU, que foram definidas na primeira conferência de Genebra em 2012. "O Irã precisa participar como país vizinho importante", teria afirmado Zarif.
As negociações tem o objetivo de chegar à uma resolução política para o conflito que já matou mais de 130 mil pessoas e se transformou na pior crise humanitária em décadas. Diplomatas e líderes políticos reconhecem que são pequenas as perspectivas de se alcançar esse objetivo em breve.
O governo sírio e a oposição já sofreram enormes perdas, mas ainda assim, nenhum dos dois lados parece desesperado o suficiente para chegar a um acordo sobre o conflito. No momento, colocar os antagonistas no mesmo espaço para iniciar o que se espera vá ser um longo processo que pode durar anos é visto como um sucesso. Fonte: Associated Press.
Nações Unidas - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Ban Ki-moon, está "considerando urgentemente suas opções" em vista do que qualificou como "conduta decepcionante de alguns dos participantes" envolvidos nas negociações para pacificar a Síria, declarou seu porta-voz, Martin Nesirky.
De acordo com ele, Ban está "consternado" com os desdobramentos ocorridos depois do anúncio feito por ele ontem à noite de que a ONU havia convidado o Irã a participar das negociações marcadas para esta semana em Genebra.
Nesirky disse que o Irã, apesar das promessas, "fez um comunicado público decepcionante" sugerindo que não aceita os termos para participar das negociações de paz na Suíça.
Autoridades dos EUA disseram que o convite deve ser retirado a menos que o Irã endosse publicamente a formação de um governo de transição para a Síria que vai abrir caminho para eleições democráticas.
O principal grupo de oposição síria determinou que o Irã tem até as 17 horas (de Brasília) para se comprometer publicamente com a retirada de suas "tropas e milícias" da Síria e aceitar os termos da ONU ou o convite para o país participar das negociações em Genebra deve ser retirado.
A ONU fez um convite de última hora neste domingo para o Irã, aliado próximo do presidente sírio Bashar Assad, levando a coalizão de oposição a ameaçar não fazer parte das negociações e colocando em dúvida a eficácia da conferência em Genebra.
O convite foi feito após o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter recebido uma ligação telefônica do ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmando que o país iria desempenhar um papel positivo durante a conferência.
De acordo com Ban, Javad Zarif teria dito que o Irã havia mudado sua posição e concordado com as determinações da ONU, que foram definidas na primeira conferência de Genebra em 2012. "O Irã precisa participar como país vizinho importante", teria afirmado Zarif.
As negociações tem o objetivo de chegar à uma resolução política para o conflito que já matou mais de 130 mil pessoas e se transformou na pior crise humanitária em décadas. Diplomatas e líderes políticos reconhecem que são pequenas as perspectivas de se alcançar esse objetivo em breve.
O governo sírio e a oposição já sofreram enormes perdas, mas ainda assim, nenhum dos dois lados parece desesperado o suficiente para chegar a um acordo sobre o conflito. No momento, colocar os antagonistas no mesmo espaço para iniciar o que se espera vá ser um longo processo que pode durar anos é visto como um sucesso. Fonte: Associated Press.