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Alemanha gastará até 200 bi de euros para reduzir custos de energia

Os preços de energia, em especial os de gás natural, saltaram em toda a Europa por conta da guerra na Ucrânia

Alemanha se prepara para racionamento de gás, com risco de corte de fornecimento da Rússia (picture alliance / Colaborador/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 11h26.

A Alemanha planeja gastar até 200 bilhões de euros para ajudar consumidores e empresas a lidarem com a escalada nos preços de energia , anunciou nesta quinta-feira, 29, o chanceler Olaf Scholz, em coletiva de imprensa.

Os preços de energia, em especial os de gás natural, saltaram em toda a Europa por conta da guerra na Ucrânia . Segundo Scholz, o governo alemão vai reativar um fundo de estabilização econômica, usado antes durante a crise financeira de 2008 e 2009 e a pandemia de coronavírus.

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O fundo será usado para limitar o preço que clientes pagam pelo gás, que é usado para aquecer residências, gerar eletricidade e prover energia a fábricas. Uma sobretaxa anteriormente proposta sobre o gás, que deveria ajudar a espalhar o custo crescente de compra do combustível no mercado global, está sendo descartada.

Scholz disse que a decisão da Rússia de reduzir o gás natural para a Europa e os vazamentos recentes em dois oleodutos mostraram que não se pode esperar mais suprimentos de energia russos em um futuro próximo.

"No entanto, estamos bem preparados para esta situação", disse ele. "Tomamos decisões que nos permitem lidar com essa situação alterada".

O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, insistiu que o fundo não implicaria mais empréstimos regulares, dizendo que a Alemanha "expressamente não está seguindo o caminho da Grã-Bretanha".

O governo do Reino Unido anunciou recentemente cortes de impostos financiados por empréstimos, apesar dos planos de gastar bilhões protegendo residências e empresas do aumento dos preços da energia, resultando em uma queda acentuada da libra e alta forte nos juros do país.

LEIA TAMBÉM: O inverno está chegando na Europa, e a crise energética também

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