Alckmin defende corte no Orçamento para conter inflação
Governador paulista afirmou, no entanto, que aperto fiscal não pode atrapalhar investimentos na área social
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2011 às 12h49.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento, pela presidente Dilma Rousseff, é uma medida necessária para conter o avanço da inflação, mas que não se pode deixar de lado investimentos na área social.
Para Alckmin, os investimentos devem ser preservados do corte. "Entendo que a política fiscal brasileira precisa ser mais dura, então acho que isso é necessário para não deixar a inflação crescer, pois no ano passado tivemos a inflação bem acima da meta", comentou o governador. "Mas o importante é que o corte não seja feito em investimentos, especialmente na área social."
O ex-governador José Serra (PSDB), que acompanhou Alckmin em entregas de casas populares em Ribeirão Preto e Sertãozinho, porém, argumentou que o corte "não está discriminado, explicitado. Por enquanto é só espuma."
Essa foi a primeira visita de Serra ao lado de Alckmin no interior paulista neste ano. O candidato a presidente derrotado em 2010 por Dilma Rousseff destacou o programa do governo paulista de casas populares e alfinetou o governo federal. "É o único programa dirigido a famílias com renda de até um salário mínimo, porque o 'Minha Casa Minha Vida' não andou nessa parte; sem contar a qualidade das casas".