Vítima do supertufão Haiyan segura uma placa em que pede por comida, em meio às ruinas das casas destruídas em Tanauan, na província de Leyte, região central das Filipinas (Erik De Castro/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2013 às 15h30.
Manila - Após uma visita à cidade de Tacloban, a mais atingida pelo supertufão Haiyan nas Filipinas, a chefe de operações humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU), Valerie Amos, afirmou que a situação no município é "lúgubre" e que o mundo não está sendo capaz de ajudar mais rapidamente. "Eu tenho a sensação que abandonamos pessoas que têm uma desesperada necessidade de ajuda", disse.
Amos acrescentou que espera que nas próximas 48 horas seja possível acelerar a distribuição dos pacotes de auxílio enviados por países e entidades. "Essa é a nossa prioridade", declarou. Já o prefeito de Tacloban, Alfred Romuáldez, contou que a cidade ainda tem tantos cadáveres e em tantos lugares que a situação assusta.
"As autoridades locais precisam de mais homens e mais recursos. Não podemos usar um caminhão para transportar corpos de manhã e utilizar o mesmo para distribuir comida de tarde", explicou.
A última nação a disponibilizar ajuda para as Filipinas foi a Alemanha, que ofereceu 4,5 milhões de euros (R$ 14 milhões) para intervenções humanitárias. O ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, também garantiu que o país vai apoiar a reconstrução das zonas afetadas pelo tufão.