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AIEA é convidada pelo Irã a visitar usina

O Irã convidou a Agência Internacional de Energia Atômica para inspecionarem 8 de dezembro o local de produção de água pesada em Arak


	O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano: "nós recebemos um convite para visitar a usina de produção de água pesada de Arak", disse
 (Heinz-Peter Bader/Reuters)

O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano: "nós recebemos um convite para visitar a usina de produção de água pesada de Arak", disse (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 13h03.

Viena - O Irã convidou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para inspecionarem 8 de dezembro o local de produção de água pesada em Arak, cumprindo um dos compromissos assumidos no acordo assinado com a agência em meados de novembro, indicou seu diretor geral, Yukiya Amano.

"Posso informar o conselho que nós recebemos um convite para visitar a usina de produção de água pesada de Arak em 8 de dezembro", informou o japonês, segundo o texto de um discurso para o Conselho de Ministros, que iniciou na quinta-feira uma reunião fechada de dois dias.

O reator de Arak está no centro das preocupações das grandes potências, pois poderia fornecer ao Irã a capacidade de extrair plutônio, uma alternativa ao urânio enriquecido para construir uma bomba atômica.

Segundo o acordo provisório concluído domingo, em Genebra, com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha), o Irã se comprometeu a congelar a construção do reator por seis meses.

A AIEA já inspecionou em várias ocasiões este reator, mas nunca recebeu detalhes sobre o seu projeto e seu funcionamento desde 2006 e não é autorizada a visitar o local de produção de água pesada desde agosto de 2011.

O Irã se comprometeu a abrir a usina de Arak para inspetores da agência em um acordo provisório de seis pontos para "estabelecer a confiança entre as duas partes".


Este acordo, assinado em Teerã em 11 de novembro durante uma visita de Yukiya Amano, também inclui uma visita à mina de urânio de Gachin e um compromisso do Irã de fornecer informações sobre seus possíveis planos para novos reatores nucleares de enriquecimento no local.

"Todas as demais questões em suspenso, incluindo as levantadas em relatórios anteriores, serão abordados aos poucos", indicou o chefe da AIEA.

Após dois anos de negociações que não resultaram em medidas concretas, a AIEA e o Irã decidiram abandonar o projeto em favor de um acordo de verificação do conjunto dos pontos questionados pela agência em seu relatório de 2011.

A agência apresentou uma série de elementos indicando que Teerã trabalhava na fabricação de armas atômicas antes de 2003 e, talvez, depois.

As duas partes concordaram em adotar uma estratégia progressiva e o Irã tem três meses para aplicar os seis pontos do pacto adotado em meados de novembro.

"Estou ansioso para relatar novos progressos, incluindo a aplicação destes seis passos práticos definidos no Conselho de Ministros, em março do próximo ano", disse Amano.

A chegada de Hassan Rohani, um moderado, à presidência do Irã este ano permitiu o fim do impasse na questão nuclear iraniana.

As grandes potências do Grupo 5+1 e o Irã chegaram a um acordo em Genebra, que prevê o fim de algumas atividades nucleares em troca de um alívio nas sanções impostas à República Islâmica por um período de seis meses.

Os ocidentais e Israel suspeitam que o Irã esconda ambições militares por trás de um programa nuclear dito pacífico.

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