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Aiatolá do Irã exige punição para quem prejudicar economia após protestos

Depois da greve de dois dias, que fechou a maioria das lojas, os negócios voltaram ao normal nesta quarta-feira (27) no Grande Bazar de Teerã

Presidente Hassan Rouhani culpou Washington pela penúria do Irã, conclamando seus compatriotas a "colocar a América de joelhos" (Danish Siddiqui/Reuters)

Presidente Hassan Rouhani culpou Washington pela penúria do Irã, conclamando seus compatriotas a "colocar a América de joelhos" (Danish Siddiqui/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2018 às 16h41.

Beirute - O líder supremo do Irã exigiu punição para aqueles que interromperem os negócios no país, sinalizando uma posição mais dura depois de dois dias de greves de lojistas, os maiores tumultos desde o início do ano.
Como a economia enfrenta a perspectiva de novas sanções dos Estados Unidos, a liderança iraniana indicou estar adotando uma frente unida contra os protestos.

Em um discurso, o presidente Hassan Rouhani, um pragmático que há tempos vem buscando relações econômicas mais abertas com o mundo exterior, culpou Washington pela penúria do Irã, conclamando seus compatriotas a "colocar a América de joelhos".
Depois da greve de dois dias, que fechou a maioria das lojas, os negócios voltaram ao normal nesta quarta-feira no Grande Bazar de Teerã.

Na segunda-feira os vendedores se concentraram diante do Parlamento para se queixar da queda da moeda iraniana, que atingiu recordes negativos. A Reuters não conseguiu verificar filmagens que mostraram a polícia se chocando com os manifestantes. As manifestações públicas são raras na nação, mas nos últimos meses houve várias devido ao estado da economia.

O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, clérigo linha-dura no poder desde 1989, exigiu que o Judiciário puna aqueles "que perturbam a segurança econômica", comentários que foram um recado evidente aos iranianos que planejam mais protestos."A atmosfera para o trabalho, a vida e o sustento das pessoas precisam ser seguros", disse ele em uma reunião com autoridades do Judiciário, de acordo com seu site oficial. "E o Judiciário deve confrontar aqueles que perturbam a segurança econômica".

A greve no bazar é o maior sinal da inquietação no Irã desde que os EUA se desligaram de um acordo para suspender sanções econômicas em troca de restrições no programa nuclear de Teerã.
O acordo era o pilar dos planos de Rouhani para abrir a economia do regime e lhe rendeu duas vitórias eleitorais folgadas, mas ainda não rendeu benefícios econômicos generalizados para muitos iranianos.

Washington prometeu adotar sanções ainda mais rígidas do que antes, mas seus aliados europeus e outras potências mundiais dizem ainda apoiar o pacto nuclear."Enfrentaremos problemas. Enfrentaremos pressão. Mas não sacrificaremos nossa independência", disse Rouhani no discurso transmitido pela televisão estatal.

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