Mundo

Aiatolá do Irã alerta para derrota dos EUA em intervenção

Ali Khamenei disse que os EUA estão se valendo de um ataque com armas químicas na guerra de civil da Síria como pretexto para interferir no país


	O aiatolá Ali Khamenei, do Irã: "acredito que os americanos estão cometendo erros na Síria e sentiram o impacto, e certamente sofrerão derrota"
 (Majid Saeedi/Getty Images)

O aiatolá Ali Khamenei, do Irã: "acredito que os americanos estão cometendo erros na Síria e sentiram o impacto, e certamente sofrerão derrota" (Majid Saeedi/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 08h59.

Dubai - A autoridade mais poderosa do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão se valendo de um ataque com armas químicas na guerra de civil da Síria como pretexto para interferir no país, e alertou que os EUA sofrerão uma derrota com qualquer intervenção.

"No caso da Síria, o ataque com armas químicas é um pretexto... Os americanos tentam jogar com as palavras e fingem que se envolveram neste caso com objetivos humanitários", disse Khamenei em reunião com autoridades de um conselho do Estado.

"Acredito que os americanos estão cometendo erros na Síria e sentiram o impacto, e certamente sofrerão derrota", disse ele no discurso, cujo teor foi publicado em sua página oficial na Internet.

As palavras de Khamenei indicam que não há nenhuma flexibilização no considerável apoio do Irã ao presidente sírio, Bashar al-Assad, seu mais próximo aliado, acusado pelas nações do Ocidente de lançar gás venenoso contra um subúrbio de Damasco em 21 de agosto. Cerca de 1,4 mil pessoas morreram, de acordo com autoridades dos EUA.

Na quarta-feira, o chefe do força de elite do Irã Quds, Qassem Soleimani, disse ao mesmo conselho do Estado que a República Islâmica daria "suporte a Síria até o fim", de acordo com a agência de notícias Fars.

Mas a resposta do Irã ao ataque com armas químicas nos últimos dias sugere um desentendimento nos corredores do poder.

Em contraste com os comandantes militares, o governo do presidente Hassan Rouhani, relativamente moderado, condenou o uso de armas químicas e alertou contra ofensivas militares na Síria, mas não apontou nenhum culpado pelo ataque.

O governo de Assad negou responsabilidade e culpou o que chamou de uma provocação feita por rebeldes com a intenção de causar uma intervenção militar internacional a seu favor no conflito que já dura dois anos e meio.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstados Unidos (EUA)Irã - PaísPaíses ricosSíria

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia