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Agressor de Nice subiu em meio-fio para atropelar pessoas

O agressor manobrou seu caminhão sobre um meio-fio baixo para entrar na avenida à beira-mar e atingir suas vítimas, segundo relatos do governo e testemunhas

Vítimas de ataque com caminhão em Nice, no sul da França (Eric Gaillard/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2016 às 17h47.

Nice - O agressor de Nice manobrou seu caminhão sobre um meio-fio baixo para entrar na avenida à beira-mar e atingir suas vítimas, usando uma rota aparentemente fácil e desbloqueada que motoristas de serviços de entrega empregam diariamente, de acordo com relatos de testemunhas e do governo francês.

A facilidade com que Mohamed Lahouaiej Bouhlel chegou à Promenade des Anglais, que é frequentada por muitos pedestres e onde matou 84 pessoas avançando com um caminhão branco alugado sobre uma multidão na quinta-feira, se tornou o foco das críticas aos preparativos de segurança do evento de comemoração do Dia da Bastilha.

A matança, reivindicada pelo Estado Islâmico , foi a terceira na França desde janeiro de 2015. A nação vive sob estado de emergência desde novembro, quando 130 pessoas foram mortas em Paris.

Embora afirme ter frustrado 16 outros ataques, o governo está sob intensa pressão para mostrar que o esquema de proteção durante a queima de fogos de artifício do feriado na cidade da Riviera Francesa foi tão bom quanto deveria ser.

O caminhão que o entregador tunisiano de 31 anos conduzia pesava 16 toneladas vazio e 19 carregado, segundo especialistas em veículos, e provavelmente tinha cerca de 2,5 metros de largura.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse no sábado que o caminhão violou o cordão de segurança "de maneira violenta".

"Os veículos da polícia tornavam impossível chegar à Promenade des Anglais, e foi pela calçada, e de maneira violenta, que este caminhão conseguiu abrir caminho e o motorista cometeu este crime", afirmou Cazeneuve aos repórteres na ocasião em um comunicado já preparado.

O meio-fio é baixo no ponto em que Bouhlel saiu da rua, o que leva a crer que tudo que ele precisou fazer para evitar o bloqueio foi virar na direção da praia e subir no calçadão.

Alieva Aysel, que vive nas proximidades e viu Bouhlel começar a matança, disse que caminhonetes usam esse caminho o tempo todo.

"Há lugares ao longo da calçada onde você consegue subir com um caminhão, mesmo durante o dia há caminhões que fazem entregas de bebidas, sorvetes e coisas para os restaurantes na praia... como aqui, por exemplo", disse ela, indicando o local em questão.

A prefeitura de Nice não quis responder a perguntas da Reuters sobre como, ou se, o calçadão tem proteção contra veículos que tentem invadi-lo.

No comunicado de sábado, Cazeneuve também descreveu a maneira como Bouhlel atropelou os espectadores como "um novo tipo de ataque" com base no fato de que o assassino não estava fortemente armado e não usou explosivos. Christian Estrosi, presidente da região da Riviera e defensor de medidas de segurança rígidas, acusou o governo de falhar em Nice, dizendo que não havia policiais suficientes.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse não ter havido falhas.

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Nice - O agressor de Nice manobrou seu caminhão sobre um meio-fio baixo para entrar na avenida à beira-mar e atingir suas vítimas, usando uma rota aparentemente fácil e desbloqueada que motoristas de serviços de entrega empregam diariamente, de acordo com relatos de testemunhas e do governo francês.

A facilidade com que Mohamed Lahouaiej Bouhlel chegou à Promenade des Anglais, que é frequentada por muitos pedestres e onde matou 84 pessoas avançando com um caminhão branco alugado sobre uma multidão na quinta-feira, se tornou o foco das críticas aos preparativos de segurança do evento de comemoração do Dia da Bastilha.

A matança, reivindicada pelo Estado Islâmico , foi a terceira na França desde janeiro de 2015. A nação vive sob estado de emergência desde novembro, quando 130 pessoas foram mortas em Paris.

Embora afirme ter frustrado 16 outros ataques, o governo está sob intensa pressão para mostrar que o esquema de proteção durante a queima de fogos de artifício do feriado na cidade da Riviera Francesa foi tão bom quanto deveria ser.

O caminhão que o entregador tunisiano de 31 anos conduzia pesava 16 toneladas vazio e 19 carregado, segundo especialistas em veículos, e provavelmente tinha cerca de 2,5 metros de largura.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse no sábado que o caminhão violou o cordão de segurança "de maneira violenta".

"Os veículos da polícia tornavam impossível chegar à Promenade des Anglais, e foi pela calçada, e de maneira violenta, que este caminhão conseguiu abrir caminho e o motorista cometeu este crime", afirmou Cazeneuve aos repórteres na ocasião em um comunicado já preparado.

O meio-fio é baixo no ponto em que Bouhlel saiu da rua, o que leva a crer que tudo que ele precisou fazer para evitar o bloqueio foi virar na direção da praia e subir no calçadão.

Alieva Aysel, que vive nas proximidades e viu Bouhlel começar a matança, disse que caminhonetes usam esse caminho o tempo todo.

"Há lugares ao longo da calçada onde você consegue subir com um caminhão, mesmo durante o dia há caminhões que fazem entregas de bebidas, sorvetes e coisas para os restaurantes na praia... como aqui, por exemplo", disse ela, indicando o local em questão.

A prefeitura de Nice não quis responder a perguntas da Reuters sobre como, ou se, o calçadão tem proteção contra veículos que tentem invadi-lo.

No comunicado de sábado, Cazeneuve também descreveu a maneira como Bouhlel atropelou os espectadores como "um novo tipo de ataque" com base no fato de que o assassino não estava fortemente armado e não usou explosivos. Christian Estrosi, presidente da região da Riviera e defensor de medidas de segurança rígidas, acusou o governo de falhar em Nice, dizendo que não havia policiais suficientes.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse não ter havido falhas.

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