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África está diante do desafio de ter 2 bi de pessoas em 2050

"Não há desenvolvimento possível sem segurança", afirmou o presidente John Dramani Mahama, de Gana, país em regime democrático desde 1992

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 18h30.

A África terá dois bilhões de habitantes até 2050, em um desafio gigantesco que exigirá combater fortes desigualdades e investir em segurança e infraestrutura.

"Não há desenvolvimento possível sem segurança", afirmou o presidente John Dramani Mahama, de Gana, um país em regime democrático desde 1992, elogiado por sua estabilidade política.

Mahama fez essas declarações durante o Fórum Econômico Mundial, encerrado no último sábado em Davos, na Suíça.

A diretora-geral da organização Oxfam International, Winnie Byanyima, destacou que em nível econômico a África é o continente mais desigual.

"Quando se fala de crescimento , vemos que está deixando de lado milhões e milhões de africanos e isso, em parte, é a razão dos conflitos", destacou.

"Estamos assistindo a uma concentração de fortuna e poder que exclui milhões de pessoas e é isto é o que cria instabilidade e insegurança no mundo", acrescentou. Segundo ela, se não for resolvida a questão social, "a insegurança continuará se agravando".

Para o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, "o maior problema da África são as infraestruturas no setor dos transportes".

Mas pelo menos, segundo ele, "a maioria dos países africanos tem agora uma governança estável".

Outro problema importante, segundo o magnata nigeriano Aliko Dangote, o homem mais rico da África segundo a revista Forbes, é "o acesso ao financiamento, um dos objetivos que precisam ser alcançados".

Em um tom muito mais otimista, Julian Roberts, diretor-geral da seguradora britânica Old Mutual, acredita que a África será a 'história de sucesso' das próximas décadas.


Não investiríamos tanto no continente se não pensássemos" que a África tem perspectivas tão boas, apontou.

Roberts diz que a "África só pode triunfar se as empresas privadas e o setor público trabalharem de mãos dadas".

Um objetivo alcançado na Nigéria, segundo seu presidente.

Goodluck Jonathan argumenta que os principais setores da economia, com a exceção do das comunicações, foram privatizados, e segundo ele, a colaboração entre setor público e privado "funciona bien".

Para a diretora da Oxfam, "é bom que os governos se retirem de alguns setores em benefício do setor privado, que pode geri-los melhor".

"Também é conveniente que os governos garantam que o setor privado faça o que tem que fazer. Mas quando vemos que a riqueza e os recursos naturais na África não criam empregos para os africanos, os governos não teriam a responsabilidade?"

"Necessitamos de regulação para a proteção dos direitos humanos, do meio ambiente", concluiu.

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A África terá dois bilhões de habitantes até 2050, em um desafio gigantesco que exigirá combater fortes desigualdades e investir em segurança e infraestrutura.

"Não há desenvolvimento possível sem segurança", afirmou o presidente John Dramani Mahama, de Gana, um país em regime democrático desde 1992, elogiado por sua estabilidade política.

Mahama fez essas declarações durante o Fórum Econômico Mundial, encerrado no último sábado em Davos, na Suíça.

A diretora-geral da organização Oxfam International, Winnie Byanyima, destacou que em nível econômico a África é o continente mais desigual.

"Quando se fala de crescimento , vemos que está deixando de lado milhões e milhões de africanos e isso, em parte, é a razão dos conflitos", destacou.

"Estamos assistindo a uma concentração de fortuna e poder que exclui milhões de pessoas e é isto é o que cria instabilidade e insegurança no mundo", acrescentou. Segundo ela, se não for resolvida a questão social, "a insegurança continuará se agravando".

Para o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, "o maior problema da África são as infraestruturas no setor dos transportes".

Mas pelo menos, segundo ele, "a maioria dos países africanos tem agora uma governança estável".

Outro problema importante, segundo o magnata nigeriano Aliko Dangote, o homem mais rico da África segundo a revista Forbes, é "o acesso ao financiamento, um dos objetivos que precisam ser alcançados".

Em um tom muito mais otimista, Julian Roberts, diretor-geral da seguradora britânica Old Mutual, acredita que a África será a 'história de sucesso' das próximas décadas.


Não investiríamos tanto no continente se não pensássemos" que a África tem perspectivas tão boas, apontou.

Roberts diz que a "África só pode triunfar se as empresas privadas e o setor público trabalharem de mãos dadas".

Um objetivo alcançado na Nigéria, segundo seu presidente.

Goodluck Jonathan argumenta que os principais setores da economia, com a exceção do das comunicações, foram privatizados, e segundo ele, a colaboração entre setor público e privado "funciona bien".

Para a diretora da Oxfam, "é bom que os governos se retirem de alguns setores em benefício do setor privado, que pode geri-los melhor".

"Também é conveniente que os governos garantam que o setor privado faça o que tem que fazer. Mas quando vemos que a riqueza e os recursos naturais na África não criam empregos para os africanos, os governos não teriam a responsabilidade?"

"Necessitamos de regulação para a proteção dos direitos humanos, do meio ambiente", concluiu.

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