Afeganistão anuncia desaparecimento do mulá Omar
O serviço secreto do país, no entanto, não confirmou a morte do líder dos talibãs afegãos
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 11h24.
Cabul - O líder dos talibãs afegãos, o mulá Mohammad Omar, desapareceu de seu "esconderijo" no Paquistão, afirmou nesta segunda-feira em Cabul o porta-voz do serviço secreto do Afeganistão, que não confirmou, no entanto, a morte, anunciada pela imprensa de Cabul mas desmentida pelos insurgentes.
O mulá Omar, pelo qual se oferece uma recompensa de 10 milhões de dólares, "desapareceu do local onde estava, há quatro ou cinco dias", declarou Lutfullah Mashal, porta-voz da Direção Nacional de Segurança (NDS, na sigla em inglês), em uma entrevista coletiva.
"Podemos confirmar que desapareceu do esconderijo de Quetta, no Baluchistão (província do sudoeste do Paquistão), mas até agora não podemos confirmar a morte", acrescentou o porta-voz do NDS.
As declarações de Mashal acontecem horas depois de uma fonte do serviço de inteligência afegão ter revelado a jornalistas, sob anonimato, que agentes da Agência Inter-Serviços de Inteligência (ISI) paquistanesa mataram o líder talibã.
Outra fonte declarou à AFP que o mulá Omar está desaparecido há 11 dias.
Um porta-voz dos talibãs no Afeganistão negou à AFP a morte do líder do movimento.
"Isto é pura propaganda. É totalmente impossível", declarou à AFP o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, por telefone e de um local não revelado.
Ele acrescentou que Omar ainda comanda os mujahedines a partir do Afeganistão.
Cabul e Islamabad trocam acusações de maneira regular de conspirações, especialmente envolvendo os respectivos serviços secretos.
O ministro do Interior do Paquistão, Rehman Malik, afirmou não ter informações sobre a suposta morte do mulá Omar.
Uma fonte do NDS explicou à AFP que o serviço secreto paquistanês teria matado o líder talibã durante sua transferência, depois de exigir que abandonasse Quetta e se mudasse para o Waziristão do Norte, zona tribal na região noroeste do país.
"O ISI tenta diminuir a pressão internacional sobre o Paquistão", afirmou a fonte, no momento em que Islamabad é acusado de não lutar contra as bases "terroristas" em seu território, além de demonstrar que Omar não vivia em Quetta, como afirmaram muitos analistas.
Washington e Cabul acreditam que o mulá Omar e parte dos líderes da rebelião afegã estejam refugiados em cidades do Paquistão, o que Islamabad nega categoricamente.
As suspeitas aumentaram depois da morte, no dia 2 de maio, de Osama Bin Laden, em uma operação das forças especiais americanas em Abbottabad, uma cidade a duas horas de carro da capital paquistanesa, onde o líder da Al-Qaeda morou por muitos anos.
Outra fonte do NDS afirmou à AFP que o mulá Omar desapareceu após um encontro recente com o general da reserva paquistanês Hamid Gul, ex-diretor da ISI e conhecido pela proximidade com os talibãs afegãos.
O mulá Omar era o chefe do regime que governou o Afeganistão entre setembro de 1996 e o fim de 2001, quando uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos expulsou do poder os talibãs, que se negaram a entregar Bin Laden após os atentados de 11 de setembro.
Cabul - O líder dos talibãs afegãos, o mulá Mohammad Omar, desapareceu de seu "esconderijo" no Paquistão, afirmou nesta segunda-feira em Cabul o porta-voz do serviço secreto do Afeganistão, que não confirmou, no entanto, a morte, anunciada pela imprensa de Cabul mas desmentida pelos insurgentes.
O mulá Omar, pelo qual se oferece uma recompensa de 10 milhões de dólares, "desapareceu do local onde estava, há quatro ou cinco dias", declarou Lutfullah Mashal, porta-voz da Direção Nacional de Segurança (NDS, na sigla em inglês), em uma entrevista coletiva.
"Podemos confirmar que desapareceu do esconderijo de Quetta, no Baluchistão (província do sudoeste do Paquistão), mas até agora não podemos confirmar a morte", acrescentou o porta-voz do NDS.
As declarações de Mashal acontecem horas depois de uma fonte do serviço de inteligência afegão ter revelado a jornalistas, sob anonimato, que agentes da Agência Inter-Serviços de Inteligência (ISI) paquistanesa mataram o líder talibã.
Outra fonte declarou à AFP que o mulá Omar está desaparecido há 11 dias.
Um porta-voz dos talibãs no Afeganistão negou à AFP a morte do líder do movimento.
"Isto é pura propaganda. É totalmente impossível", declarou à AFP o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, por telefone e de um local não revelado.
Ele acrescentou que Omar ainda comanda os mujahedines a partir do Afeganistão.
Cabul e Islamabad trocam acusações de maneira regular de conspirações, especialmente envolvendo os respectivos serviços secretos.
O ministro do Interior do Paquistão, Rehman Malik, afirmou não ter informações sobre a suposta morte do mulá Omar.
Uma fonte do NDS explicou à AFP que o serviço secreto paquistanês teria matado o líder talibã durante sua transferência, depois de exigir que abandonasse Quetta e se mudasse para o Waziristão do Norte, zona tribal na região noroeste do país.
"O ISI tenta diminuir a pressão internacional sobre o Paquistão", afirmou a fonte, no momento em que Islamabad é acusado de não lutar contra as bases "terroristas" em seu território, além de demonstrar que Omar não vivia em Quetta, como afirmaram muitos analistas.
Washington e Cabul acreditam que o mulá Omar e parte dos líderes da rebelião afegã estejam refugiados em cidades do Paquistão, o que Islamabad nega categoricamente.
As suspeitas aumentaram depois da morte, no dia 2 de maio, de Osama Bin Laden, em uma operação das forças especiais americanas em Abbottabad, uma cidade a duas horas de carro da capital paquistanesa, onde o líder da Al-Qaeda morou por muitos anos.
Outra fonte do NDS afirmou à AFP que o mulá Omar desapareceu após um encontro recente com o general da reserva paquistanês Hamid Gul, ex-diretor da ISI e conhecido pela proximidade com os talibãs afegãos.
O mulá Omar era o chefe do regime que governou o Afeganistão entre setembro de 1996 e o fim de 2001, quando uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos expulsou do poder os talibãs, que se negaram a entregar Bin Laden após os atentados de 11 de setembro.