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Aerolíneas Argentinas terá greve a partir de sexta-feira

Funcionários farão protesto por melhores salários e contra medidas do governo de Javier Milei

Aerolíneas Argentinas: principal empresa aérea do país tem controle estatal (Julio Etchart/Getty Images)

Aerolíneas Argentinas: principal empresa aérea do país tem controle estatal (Julio Etchart/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 16h05.

Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 16h19.

Os sindicatos de companhias aéreas da Argentina anunciaram que entrarão em greve por 24 horas entre sexta-feira, 13, e sábado, 14, desta semana, como parte da luta sindical que vêm travando desde agosto para exigir melhores salários da estatal Aerolineas Argentinas.

A greve começará ao meio-dia (horário de Brasília) de sexta-feira e durará até o mesmo horário no sábado, afetando todos os voos da empresa e até mesmo alguns voos parivados, disseram os sindicatos após uma reunião conjunta.

"Hoje, realizamos uma assembleia multitudinária de cinco sindicatos aeronáuticos. Decidimos realizar uma greve de 24 horas, (a partir) do meio-dia de sexta-feira até o meio-dia de sábado", disse o chefe da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA), Pablo Biró.

A paralisação deve afetar 300 voos e 3.700 da Aerolíneas Argentinas. As companhias Jetsmart e Flybondi não devem ser atingidas pela paralisação, segundo o jornal Clarín.

A greve faz parte da disputa salarial diante da alta inflação no país sul-americano e do futuro da companhia aérea, que o governo de Javier Milei pretende privatizar.

Além disso, o governo libertário expressou sua disposição de declarar o serviço aéreo como atividade essencial, para garantir serviços mínimos e limitar a capacidade de greve dos trabalhadores.

"Entendemos que eles estão nos empurrando para essa situação para forçar o objetivo que eles têm há algum tempo, que é a privatização da Aerolíneas Argentinas. Atualmente, estamos em 75% com salários defasados em relação à inflação", disse o líder da Associação dos Trabalhadores das Companhias Aéreas Argentinas (AAA), Juan Pablo Brey.

Além disso, os funcionários públicos da Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC), agrupados na Associação de Trabalhadores Públicos (ATE), anunciaram que farão uma paralisação das atividades em 19 de setembro.

Essa nova medida se soma às realizadas na semana passada, incluindo uma greve de nove horas na última sexta-feira, que forçou a reprogramação de cerca de 185 voos e afetou 15.000 passageiros.

Diante disso, a empresa anunciou na terça-feira que denunciará à Justiça os sindicatos por prejuízos no valor de US$ 2 milhões causadas pelas medidas e responsabilizou Pablo Biró, da APLA, e Juan Pablo Brey, da AAA.

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