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Aéreas americanas proíbem transporte de troféus de caça

Medida tomada por United Airlines, a American Airlines e a Delta foi motivada pela morte do leão Cecil, caçado na África do Sul


	O leão Cecil, que foi morto por dentista americano em parque do Zimbábue
 (Daughter#3/Wikimedia Commons)

O leão Cecil, que foi morto por dentista americano em parque do Zimbábue (Daughter#3/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 08h30.

As principais companhias aéreas dos Estados Unidos - a United Airlines, a American Airlines e a Delta - decidiram proibir o transporte de grandes troféus de caça, após a morte polêmica do leão Cecil por um caçador norte-americano.

A primeira companhia a adotar a medida foi a Delta, que faz voos entre os EUA e a África do Sul, tendo anunciado a entrada em vigor da proibição de transporte de troféus de caça de animais de grande porte na segunda-feira (3), por meio de comunicado.

“Com efeito imediato, a Delta proíbe, em todo o mundo, o transporte de carga de troféus de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos”, explicou a companhia.

A Delta destacou que, até o momento da decisão, aceitava apenas transportar troféus que cumprissem, de forma rigorosa, todos os regulamentos governamentais relativos às espécies protegidas e adiantou que irá rever o transporte relacionado aos troféus de caça em relação a outros animais além dos mencionados.

Horas depois de a medida ter sido anunciada pela Delta, outras duas companhias aéreas, a United Airlines e a American Airlines, também anunciaram a proibição do transporte de caça dos cinco animais mencionados.

A morte do leão Cecil pelo americano Walter Palmer, que motivou a medida tomada pelas três companhias aéreas, está sendo investigada pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, para descobrir se a morte está relacionada à rede de tráfico ilegal de animais.

De acordo com o Instituto para a Conservação do Zimbábue (ZCTF, em Inglês), Palmer participou de uma caçada à noite no Parque Nacional Hwange, no Oeste do país, no dia 6 de julho.

O leão Cecil, de 13 anos, teria sido atraído por uma presa amarrada a um veículo como isca, a fim de retirá-lo do parque, para que não fosse considerada tecnicamente caça ilegal.

"Palmer disparou contra Cecil um tiro com arco e flecha, mas o disparo não o matou. Seguiu-o até o encontrar novamente, 40 horas depois, e disparou com uma arma”, disse o presidente da ZCTF, Johnny Rodrigues.

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