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Acaba isolamento de mulher que desafiou quarentena do ebola

Kaci Hickoc atuou como voluntária da organização Médicos sem Fronteiras e, segundo autoridades, deveria se manter isolada durante período de incubação do vírus

Kaci Hilcox: ela desrespeitou isolamento no dia 30 de outubro para dar uma volta de bicicleta (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 14h41.

Fort Kent - O período de 21 dias de incubação do vírus ebola acabou e, por isso, a enfermeira norte-americana que desafiou a quarenta imposta aos profissionais de saúde nos Estados Unidos e deu um passeio de bicicleta com o namorado está livre para começar um novo capítulo na sua vida.

Kaci Hickox e o seu parceiro se mudaram de Fort Kent, no sul do Estado de Maine, próximo à fronteira com o Canadá. Ela disse que, por ora, passará uma temporada em Freeport enquanto decide seus próximos passos.

A decisão aconteceu depois que o namorado da enfermeira, Ted Wildbur, deixou a Universidade de Maine em Forte Kent.

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Os dois são críticos da direção da instituição e a acusam de obrigá-los a ficar longe do câmpus onde Wildbur estudava enfermagem.

Kaci atuou como voluntária da organização Médicos sem Fronteiras em Serra Leoa e, segundo autoridades norte-americanas, deveria se manter isolada durante o período de incubação do vírus, embora o resultado tivesse dado negativo para Ebola.

Ela desrespeitou o isolamento no dia 30 de outubro para dar uma volta de bicicleta.

Funcionários do estado foram à corte para fazê-la respeitar a medida.

Durante o passeio com Wildbur, a enfermeira foi acompanhada pela polícia estadual, que monitorou seus movimentos e interações com outras pessoas.

A polícia não pode detê-la sem uma ordem judicial. Foi a segunda vez que ela desrespeitou a recomendação de se manter em quarentena.

Na noite de 29 de outubro, Kaci conversou com repórteres e apertou a mão de quem a cumprimentou.

"Eu não estou disposta a ficar aqui e deixar meus direitos civis serem violados quando não há base científica", afirmou a enfermeira.

Kaci alegou que não precisava ficar isolada, pois não apresentava sintomas e teve diagnóstico negativo para a doença.

Ela foi a primeira pessoa forçada a ficar em quarentena obrigatória exigida por Nova Jersey a passageiros que chegaram ao Aeroporto de Newark e tiveram como partida Guiné, Serra Leoa e Libéria - países da África Ocidental.

Fonte: Associated Press.

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