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Abrigos de refugiados sofreram 104 ataques na Alemanha

Os dados englobam danos materiais e delitos de propaganda e de incitação ao ódio e à xenofobia, e se destaca as agressões violentas a estas instalações


	Campo temporário de refugiados na Alemanha: neste ano já foram registrados mais de 50 incêndios provocados em instalações para solicitantes de asilo
 (Reuters / Kai Pfaffenbach)

Campo temporário de refugiados na Alemanha: neste ano já foram registrados mais de 50 incêndios provocados em instalações para solicitantes de asilo (Reuters / Kai Pfaffenbach)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 10h16.

Berlim - Os albergues de refugiados na Alemanha foram alvo de 104 ataques violentos este ano, incluindo 53 incêndios provocados, segundo alertou o Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA, na sigla em alemão) em um balanço no qual destaca que as agressões contra os solicitantes de asilo estão aumentando.

O jornal "Die Welt" antecipou hoje os dados atualizados da Polícia, que revelam que desde janeiro até o dia 2 de novembro foram registrados um total de 637 delitos relacionados com albergues de refugiados, mais do que o triplo em relação ao ano passado.

O número engloba danos materiais e delitos de propaganda e de incitação ao ódio e à xenofobia, e se destaca as agressões violentas a estas instalações.

Neste ano já foram registrados mais de 50 incêndios provocados em instalações para solicitantes de asilo, frente aos oito denunciados em 2014.

"Vivemos neste momento a pior onda de violência racista e de extrema-direita dos últimos 20 anos", ressaltou em declarações ao jornal Ulrich Lilie, presidente da Diakonie Deutschland, organização social evangélica que administra diversos albergues.

Ulrich criticou o fato de as forças de segurança não terem identificado os autores de muitos dos incêndios provocados e exigiu rápidas investigações para frear a escalada da violência.

O governo de Angela Merkel mostrou publicamente sua preocupação com o aumento das agressões, o lado mais obscuro da crise dos refugiados que mantém no limite muitos municípios alemães.

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