Nesta sexta-feira o presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, inicia uma série de encontros na Europa na tentativa de “marcar território”. A primeira parada será em Berlim, onde Abbas se encontrará com a chanceler Angela Merkel.

Na Alemanha Abbas também se encontrará com o novo presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, legisladores e líderes da comunidade árabe e palestina. De lá, seguirá a Bruxelas para se reunir com autoridades da União Europeia. Em cada um dos encontros Abbas deve ressaltar suas preocupações com os assentamentos israelenses na Cisjordânia e os planos do governo de Donald Trump de transferir a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém. Mudar a embaixada para Jerusalém seria reconhecer a cidade como capital de Israel.

A aproximação de Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é uma das principais preocupações de Abbas. Desde que Trump tomou posse, em 20 de janeiro, ele e Netanyahu falaram pelo telefone pelo menos duas vezes. No mês passado, os dois tiveram um encontro na Casa Branca que foi considerado um dos mais amigáveis do polêmico Trump com uma autoridade.

Ao receber o primeiro-ministro israelense, a quem Trump chama de “Bibi”, o presidente americano disse que o processo de paz no Oriente Médio pode incluir uma solução que não preveja um Estado palestino ao lado de Israel. “Honestamente, se Bibi e os palestinos, se Israel e os palestinos estiverem felizes, eu estarei feliz com a solução que eles gostarem mais”, disse Trump.

O encontro aconteceu um dia depois de o assessor do presidente americano Jason Greenblatt se encontrar com Abbas em seu palácio presidencial. Trump já telefonou a Abbas para convidá-lo para um encontro na Casa Branca, o que deve acontecer em meados de abril. Como, com Trump, tudo é pura incerteza, é hora ganhar terreno numa arena mais amigável.