A um ano das eleições nos EUA, cenário está polarizado
Em 2012, Obama e seu adversário republicano terão ainda de lidar com a maciça presença de protestos organizados por movimentos que nenhum dos dois lados pode controlar
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2011 às 08h04.
Brasília - A um ano da eleição presidencial dos Estados Unidos de 6 de novembro de 2012, o presidente norte-americano, Barack Obama, e seus adversários republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à disputa enfrentam um ambiente cada vez mais polarizado e com profundas divisões ideológicas.
O movimento tem como líderes o Tea Party, de direita, e o Ocupe Wall Street, de esquerda. As eleições norte-americanas costumam se concentrar nos candidatos democrata e republicano, com suas campanhas publicitárias, debates e batalhas por estados-chave. Mas em 2012, Obama e seu adversário republicano terão ainda de lidar com a maciça presença de protestos organizados por movimentos que nenhum dos dois lados pode controlar.
Tanto o Tea Party, que reúne diversos grupos conservadores, quanto os protestos contra a desigualdade, o desemprego e as grandes corporações iniciados com o Ocupe Wall Street, em Nova York, e espalhados por todo o país, têm em comum o descontentamento com a situação política e econômica do país e devem ter impacto na votação do próximo ano, apesar de ambos recusarem as comparações.
Mas se o Tea Party mostrou sua força nas eleições legislativas do ano passado – quando elegeu vários de seus candidatos – e há pré-candidatos republicanos abertamente identificados com o movimento, como Michele Bachmann, a força dos protestos inspirados no Ocupe Wall Street (surgido há menos de dois meses) ainda precisa ser testada.
Os participantes dos protestos do Ocupe Wall Street têm perfil variado e rejeitam qualquer ligação com o Partido Democrata, mas o crescimento do movimento e, principalmente, a simpatia do público americano por sua mensagem de frustração, fazem com que ele seja observado com atenção por ambos os partidos.
"Enquanto o Tea Party serviu de combustível para o entusiasmo do Partido Republicano nas eleições de 2010, ainda não há prova de que os manifestantes do Ocupe Wall Street farão o mesmo pelos democratas", dizem os analistas Aaron Blake e Chris Cillizza."Dito isso, o movimento [Ocupe Wall Street] pode favorecer significativamente os democratas."
Diversas pesquisas mostram que a principal preocupação dos eleitores norte-americanos é a economia, em um momento em que o país cresce em um ritmo considerado lento demais para baixar a taxa de desemprego – atualmente em 9%, patamar mantido há dois anos – com temor de uma nova recessão.
Nesse cenário, analistas observam que esta será a reeleição mais difícil de um presidente norte-americano desde 1992, quando Bill Clinton tirou George Bush pai da Casa Branca. Obama tenta evitar o mesmo destino de Bush, Gerald Ford ou Jimmy Carter – integrantes da temida lista de presidentes americanos de um só mandato, mas os problemas com a economia norte-americana são um desafio em sua campanha.
O descontentamento dos americanos se estende também ao Congresso. De acordo com diferentes pesquisas, tanto Obama e seu Partido Democrata quanto os republicanos perderam pontos com o público americano depois do embate para aprovar a elevação do teto da dívida pública, que quase levou o país ao calote no meio do ano.
Para analistas, nenhum dos pré-candidatos republicanos até agora tem demonstrado força suficiente para empolgar os eleitores do partido. No entanto, a situação ainda pode mudar, já que as primárias para escolher o adversário de Obama na votação de 6 de novembro de 2012 começam apenas em janeiro. Com informações da BBC Brasil.
Brasília - A um ano da eleição presidencial dos Estados Unidos de 6 de novembro de 2012, o presidente norte-americano, Barack Obama, e seus adversários republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à disputa enfrentam um ambiente cada vez mais polarizado e com profundas divisões ideológicas.
O movimento tem como líderes o Tea Party, de direita, e o Ocupe Wall Street, de esquerda. As eleições norte-americanas costumam se concentrar nos candidatos democrata e republicano, com suas campanhas publicitárias, debates e batalhas por estados-chave. Mas em 2012, Obama e seu adversário republicano terão ainda de lidar com a maciça presença de protestos organizados por movimentos que nenhum dos dois lados pode controlar.
Tanto o Tea Party, que reúne diversos grupos conservadores, quanto os protestos contra a desigualdade, o desemprego e as grandes corporações iniciados com o Ocupe Wall Street, em Nova York, e espalhados por todo o país, têm em comum o descontentamento com a situação política e econômica do país e devem ter impacto na votação do próximo ano, apesar de ambos recusarem as comparações.
Mas se o Tea Party mostrou sua força nas eleições legislativas do ano passado – quando elegeu vários de seus candidatos – e há pré-candidatos republicanos abertamente identificados com o movimento, como Michele Bachmann, a força dos protestos inspirados no Ocupe Wall Street (surgido há menos de dois meses) ainda precisa ser testada.
Os participantes dos protestos do Ocupe Wall Street têm perfil variado e rejeitam qualquer ligação com o Partido Democrata, mas o crescimento do movimento e, principalmente, a simpatia do público americano por sua mensagem de frustração, fazem com que ele seja observado com atenção por ambos os partidos.
"Enquanto o Tea Party serviu de combustível para o entusiasmo do Partido Republicano nas eleições de 2010, ainda não há prova de que os manifestantes do Ocupe Wall Street farão o mesmo pelos democratas", dizem os analistas Aaron Blake e Chris Cillizza."Dito isso, o movimento [Ocupe Wall Street] pode favorecer significativamente os democratas."
Diversas pesquisas mostram que a principal preocupação dos eleitores norte-americanos é a economia, em um momento em que o país cresce em um ritmo considerado lento demais para baixar a taxa de desemprego – atualmente em 9%, patamar mantido há dois anos – com temor de uma nova recessão.
Nesse cenário, analistas observam que esta será a reeleição mais difícil de um presidente norte-americano desde 1992, quando Bill Clinton tirou George Bush pai da Casa Branca. Obama tenta evitar o mesmo destino de Bush, Gerald Ford ou Jimmy Carter – integrantes da temida lista de presidentes americanos de um só mandato, mas os problemas com a economia norte-americana são um desafio em sua campanha.
O descontentamento dos americanos se estende também ao Congresso. De acordo com diferentes pesquisas, tanto Obama e seu Partido Democrata quanto os republicanos perderam pontos com o público americano depois do embate para aprovar a elevação do teto da dívida pública, que quase levou o país ao calote no meio do ano.
Para analistas, nenhum dos pré-candidatos republicanos até agora tem demonstrado força suficiente para empolgar os eleitores do partido. No entanto, a situação ainda pode mudar, já que as primárias para escolher o adversário de Obama na votação de 6 de novembro de 2012 começam apenas em janeiro. Com informações da BBC Brasil.