A mudança que vem dos pokemons

O jogo de realidade aumentada para celulares Pokemon Go acumula recordes desde que foi lançado. Em questão de dias, aumentou o valor das ações da Nintendo em 25% e já tem mais de 70 milhões usuários diários, mais que o aplicativo de paquera Tinder e a rede social Twitter. É o jogo com mais downloads na história. Agora, tem outro recorde para chamar de seu: está mudando a estratégia de outros negócios numa velocidade inédita mesmo para os agitados padrões das empresas de tecnologia.

O varejo já descobriu formas de lucrar com o sucesso. A rede australiana de supermercados Woolworths postou em sua página na rede social Facebook uma lista de dicas que os consumidores podem usar para capturar Pokemons em suas lojas. Uma pizzaria em Nova York afirmou que após comprar um pacote de 10 dólares para atrair Pokemons para a loja viu as vendas subirem 75%. Um café em Atlanta fez o mesmo. Companhias de carregadores de celular viram as vendas disparar.

Outros aplicativos, antigos conhecidos do  varejo, como o agregador de promoções Groupon ou o promotor de lugares Foursquare, tentaram por anos atrair clientes da maneira que o Pokemon Go fez em questão de dias. Por enquanto, o Groupon mantém o silêncio e o Foursquare disse que é cedo para mesurar o impacto do jogo, mas ambos podem estar ameaçadas pelo que o Pokemon Go representa — a realidade aumentada como uma nova forma de promoção e de faturamento.

Ninguém sabe ao certo qual o real impacto que o jogo terá para o futuro da Nintendo, mas o fato é que o hábito de sair pela cidade à caça de pokemons está mudando uma série de negócios – e abrindo novas oportunidades para muita gente.