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A luta contra o desmatamento é um "teste" para a presidente Dilma, diz FT

Falta de acordo sobre a anistia de ruralistas fez aumentar conflitos na região da Amazônia, segundo o jornal Financial Times

Quando a presidente prometeu vetar a anistia aos desmatadores no código, ela assumiu uma postura contra do "lobby agrícola" brasileiro, segundo o jornal (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 16h05.

São Paulo - A "batalha amazônica" entre ambientalistas e indígenas contra ruralistas é um "teste" para a presidente Dilma Rousseff "controlar uma coalizão rebelde", como seu antecessor, Lula, diz artigo no jornal britânico Financial Times nesta segunda-feira. Segundo o texto de Joe Leahy, os desmatamentos na região da floresta Amazônia tiveram uma redução, mas novos conflitos surgiram com a falta de acordo sobre o texto do novo Código Florestal, conduzido pelo relator Aldo Rebelo.

De acordo com o FT, quando a presidente prometeu vetar a anistia aos desmatadores no código, ela assumiu uma postura diante do "lobby agrícola" do Brasil. Segundo o jornal, a taxa de desmatamento anual caiu para cerca de 6.500 quilômetros quadrados em 2010, mesmo com os avanços tecnológicos na área do agronegócio.

O texto abre com o caso do assassinato de dois extrativistas na cidade de Nova Ipixuna, José Claudio Ribeiro da Silva e sua mulher, Maria. Os pistoleiros chegaram a tirar as orelhas de uma das vítimas como troféu do homicídio. Segundo o Financial Times, a luta na região não é essencial apenas para o meio ambiente, mas para os 24 milhões de habitantes, "uma mistura de índios, fazendeiros, pequenos proprietários e assalariados pobres que viveram em conflitos constantes há décadas”.

O artigo de Leahy também menciona a presença do consórcio Norte Energia para a construção da usina Belo Monte, na área do rio Xingu, onde vivem tribos indígenas. O texto do FT também mostra um gráfico com o desmatamento na Amazônia desde 1988, que exibe uma oscilação notável da ação de ruralistas no local.

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De acordo com o FT, quando a presidente prometeu vetar a anistia aos desmatadores no código, ela assumiu uma postura diante do "lobby agrícola" do Brasil. Segundo o jornal, a taxa de desmatamento anual caiu para cerca de 6.500 quilômetros quadrados em 2010, mesmo com os avanços tecnológicos na área do agronegócio.

O texto abre com o caso do assassinato de dois extrativistas na cidade de Nova Ipixuna, José Claudio Ribeiro da Silva e sua mulher, Maria. Os pistoleiros chegaram a tirar as orelhas de uma das vítimas como troféu do homicídio. Segundo o Financial Times, a luta na região não é essencial apenas para o meio ambiente, mas para os 24 milhões de habitantes, "uma mistura de índios, fazendeiros, pequenos proprietários e assalariados pobres que viveram em conflitos constantes há décadas”.

O artigo de Leahy também menciona a presença do consórcio Norte Energia para a construção da usina Belo Monte, na área do rio Xingu, onde vivem tribos indígenas. O texto do FT também mostra um gráfico com o desmatamento na Amazônia desde 1988, que exibe uma oscilação notável da ação de ruralistas no local.

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