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A irreversível força das mulheres nas eleições dos EUA

Hillary Clinton se destaca entre as apostas para as eleições presidenciais, mas as americanas não precisarão esperar tanto para se verem representadas

Hillary Clinton: mulheres se transformaram no alvo número um dos partidos (Mandel Ngan/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 14h38.

Washington - Um nome feminino, Hillary Clinton , se destaca entre as apostas para as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016, mas as americanas não precisarão esperar tanto para se verem representadas: nas legislativas de novembro as candidatas mulheres já serão protagonistas.

O primeiro a se conscientizar do papel fundamental que as mulheres terão nas próximas eleições foi o próprio presidente Barack Obama, que nas últimas semanas deu um impulso a sua estratégia de voltar a atrair o voto feminino, sobretudo o da mulher trabalhadora e independente.

Incapaz de obter o apoio republicano para legislar sobre aumentos salariais de qualquer tipo, Obama assinou dois decretos para promover o salário equitativo entre homens e mulheres no país e advertiu várias vezes que o futuro dos Estados Unidos depende do futuro das mulheres americanas.

Os democratas são conscientes de como é difícil mobilizar seus eleitores nas eleições legislativas da metade de mandato, e reconhecem que seu eleitorado, fundamentado em jovens, trabalhadores e mulheres solteiras, é mais reticente a comparecer às urnas nesse tipo de ocasião.

"Para fazer ainda mais, devemos libertar o poder das mulheres em nossa economia já que, como o presidente Obama nos lembrou, quando as mulheres têm êxito, os Estados Unidos tem êxito", repetiu neste fim de semana a líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes e uma das legisladoras mais reconhecidas no país, Nancy Pelosi.

Os dados estão sobre a mesa: as mulheres solteiras, fiéis eleitoras democratas - dois terços delas votaram em Obama em 2012 - representam cerca de 25% do eleitorado nos Estados Unidos, e sua presença cresce, enquanto a taxa de casamentos diminui - 70% do eleitorado republicano está casado.

No entanto, apesar de saber claramente em quem votar, custa muito mais para elas se aproximarem das urnas. Entre 2008 e 2010, a participação da mulher independente baixou cerca de 20 pontos, e entre 2012 e 2014 espera-se uma redução similar segundo dados do Escritório do Censo.


Assim, de maneira inevitável, as mulheres se transformaram no alvo número um dos partidos.

"EMILY"s List" é a maior organização do país, entre os democratas, dedicada a recrutar, treinar e apoiar mulheres na política americana em todos os níveis de representação.

"EMILY"s List" apoia as candidaturas de mulheres e se compromete com as mulheres eleitoras, já que são estratégicas para os democratas vencerem em 2014", explicou à Efe a porta-voz nacional do projeto, Marcy Tech, que sobretudo insiste que não há outro grupo demográfico que possa levar adiante alguns dos temas-chave para os EUA.

"As mulheres democratas são chave tanto para dar forma como para fazer avançar uma agenda que melhore a vida das mulheres e das famílias. Com este tipo de assunto crítico que nossa nação enfrenta, como conseguir a mesma remuneração pelo mesmo trabalho, o aumento do salário mínimo e a ampliação do acesso à saúde e à educação, as vozes das mulheres são absolutamente vitais para fazer as coisas", acrescentou Tech.

A organização cresceu especialmente no último ano, com 1 milhão a mais de integrantes, e está batendo recordes de arrecadação para as candidatas que apoiará até novembro, como as possíveis senadoras Alison Lundergan Grimes (Kentucky) e Michelle Nunn (Geórgia).

Por sua vez, "o Comitê Nacional Republicano (RNC, em inglês) está trabalhando duro para ganhar eleitores em novembro, e as mulheres estão entre as principais. Estamos entrando em suas comunidades e falando com elas, eleitora a eleitora, sobre os temas que lhes interessam", explicou à Efe Izzy Santa, porta-voz do RNC.

"Ainda no mês passado lançamos nosso programa "14 in "14", em 25 distritos estratégicos de todo o país, pensado para recrutar mulheres com menos de 40 anos que vão ajudar durante 30 minutos por semana para que os republicanos conquistem o voto em suas comunidades. As mulheres merecem soluções, e os republicanos vão lutar por elas", acrescentou.

Os conservadores também afinaram suas apostas pelos rostos femininos, conscientes de que a mulher atrai o voto da mulher, e apostaram em Shelly Moore Capito (Virgínia Ocidental) e Terri Lynn Land (Michigan) para o Senado; e Mia Love (Utah) e Barbara Comstock (Virgínia) para a Câmara, que consideram "estrelas".

As mulheres, 53% do eleitorado americano, são a maioria, e ambos os partidos são conscientes de que sua postura será essencial nas eleições de novembro e, cada vez mais, no futuro do país.

São Paulo - A Forbes divulgou hoje o seu ranking de 2014 das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Na lista, aparecem políticas, executivas, cantoras e personalidades da mídia. Angela Merkel , chanceler alemã, está na primeira posição. A presidente brasileira Dilma Rousseff está na quarta posição. Veja a seguir, entre as 100 mulheres, as 20 mais poderosas que estão no mundo da política:
  • 2. 1. Angela Merkel

    2 /22(Kai Pfaffenbach/Reuters)

  • Veja também

    Chanceler da Alemanha

    Posição geral no ranking: 1

  • 3. 2. Dilma Rousseff

    3 /22(Roberto Stuckert Filho/PR)

  • Presidente do Brasil

    Posição geral no ranking: 4

  • 4. 3. Hillary Clinton

    4 /22(Danny Lawson/AFP)

    Política americana

    Posição geral no ranking: 6

  • 5. 4. Michelle Obama

    5 /22(REUTERS/Jonathan Ernst)

    Primeira-dama dos EUA

    Posição geral no ranking: 8

  • 6. 5. Geun-hye Park

    6 /22(South Korean Presidential Blue House/Getty Images)

    Presidente da Coreia do Sul

    Posição geral no ranking: 11

  • 7. 6. Cristina Kirchner

    7 /22(AFP)

    Presidente da Argentina

    Posição geral no ranking: 19

  • 8. 7. Michelle Bachelet

    8 /22(Guido Manuilo/LatinContent/Getty Images)

    Presidente do Chile

    Posição geral no ranking: 25

  • 9. 8. Nancy Pelosi

    9 /22(T.J. Kirkpatrick/Getty Images)

    Congressista dos EUA

    Posição geral no ranking: 26

  • 10. 9. Margaret Chan

    10 /22(Rick Gershon/Getty Images)

    Diretora-geral da Organização Mundial da Saúde

    Posição geral no ranking: 30

  • 11. 10. Rainha Elizabeth II

    11 /22(REUTERS/Anna Gowthorpe/Pool)

    Rainha da Inglaterra

    Posição geral no ranking: 35

  • 12. 11. Joyce Banda

    12 /22(Justin Lane-Pool/Getty Images)

    Presidente do Malauí

    Posição geral no ranking: 40

  • 13. 12. Ngozi Okonjo-Iweala

    13 /22(Vincenzo Pinto/AFP)

    Ministra das Finanças da Nigéria

    Posição geral no ranking: 44

  • 14. 13. Ertharin Cousin

    14 /22(Mac Innes Photography/Dept of the Taoiseach/Getty Images)

    Diretora-executiva do Programa Alimentar Mundial da ONU

    Posição geral no ranking: 45

  • 15. 14. Sheikh Hasina Wajed

    15 /22(Carl Court - WPA Pool/Getty Images)

    Primeira-ministra de Bangladesh

    Posição geral no ranking: 47

  • 16. 15. Margaret Hamburg

    16 /22(Getty Images)

    Delegada do Food & Drug Administration (FDA) dos EUA

    Posição geral no ranking: 51

  • 17. 16. Sheikha Lubna Al Qasimi

    17 /22(Antoine Antoniol/Getty Images)

    Ministra de Cooperação Internacional e Desenvolvimento dos Emirados Arábes Unidos

    Posição geral no ranking: 55

  • 18. 17. Peng Liyuan

    18 /22(Maxim Shemetov/Reuters)

    Primeira-dama da China

    Posição geral no ranking: 57

  • 19. 18. Aung San Suu Kyi

    19 /22(©AFP / Thomas Samson)

    Congressista de Mianmar

    Posição geral no ranking: 61

  • 20. 19. Samantha Power

    20 /22(Shannon Stapleton/Reuters)

    Embaixadora e representante dos EUA na ONU

    Posição geral no ranking: 63

  • 21. 20. Ellen Johnson-Sirleaf

    21 /22(Alex Wong/Getty Images)

    Presidente da Libéria

    Posição geral no ranking: 70

  • 22. Agora veja os mais poderosos do mundo

    22 /22(Getty Images)

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