E-COMMERCE: compras online tiveram crescimento menor do que nos anos anteriores / FamZoo Staff/Flickr
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2016 às 06h15.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.
O Fórum Econômico Mundial publicou neta terça-feira um documento sobre a necessidade urgente de regular o crescimento das fintechs, empresas que oferecem serviços bancários digitais. O fórum ainda convocou os reguladores e as empresas do setor para elaborar um marco regulatório. O objetivo? Reduzir as chances de as novatas abalarem a estabilidade das finanças globais.
As fintechs crescem porque facilitam a vida de seus clientes, diminuindo a burocracia, agilizando as transações – e cobrando menos. No Brasil e no mundo já existem fintechs para quase tudo – movimentar conta corrente, fazer pagamentos com cartão, contratar empréstimos, fazer investimentos. Estima-se que já existam mais de 6.500 fintechs no mundo. Juntas, elas receberam mais de 24 bilhões de dólares em investimentos desde 2010.
Com tantas empresas no jogo, o risco potencial virou coisa séria. Entre as maiores preocupações estão a exposição de dados particulares, os cyber ataques e um aumento nas fraudes.
O esforço para aumentar os controles sobre as fintechs pode ajudar a refinar o próprio sistema bancário tradicional. Em todo o mundo, pesquisas revelam que os bancos não respondem adequadamente às reclamações dos clientes. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, este ano, apontou que os sete maiores bancos do país levaram notas entre 3,3 e 4,8 numa escala até 10, no cumprimento dos direitos de seus clientes.
Uma pesquisa da consultoria PwC mostra que as fintechs devem ocupar até 30% do mercado financeiro em cinco anos. Se melhorarem a vida dos consumidores oferecendo a mesma segurança, tanto melhor.