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87% dos imigrantes ilegais querem virar cidadãos americanos

O dado foi divulgado pouco antes da apresentação de um projeto de reforma migratória que incluirá a possibilidade de naturalização destas pessoas


	Patrulha na fronteira com o México, perto de San Diego: segundo estimativas, 11,5 milhões de pessoas sem documentos vivem nos EUA, a maior parte delas latino-americanas
 (Frederic J. Brown/AFP)

Patrulha na fronteira com o México, perto de San Diego: segundo estimativas, 11,5 milhões de pessoas sem documentos vivem nos EUA, a maior parte delas latino-americanas (Frederic J. Brown/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 13h41.

Washington - Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostra que 87% dos imigrantes ilegais nos Estados Unidos desejam virar cidadãos do país, pouco antes da apresentação de um projeto de reforma migratória que incluirá a possibilidade de naturalização destas pessoas.

A pesquisa, realizada pela empresa Latino Decisions entre pessoas que se identificaram como ilegais, mostra ainda que a grande maioria tem fortes laços com o país, com 85% dos entrevistados com pelo menos um parente americano e 65% um filho americano.

No total, 87% das pessoas que responderam a pesquisa, feita de 4 a 29 de março entre 400 pessoas tanto em espanhol como em inglês, disseram que aproveitariam a oportunidade se uma nova lei migratória abrisse a porta para um pedido de cidadania.

Um grupo bipartidário de oito senadores deve apresentar em breve um projeto de reforma migratória, que, segundo trechos que vazaram para a imprensa, propõe um prazo de 10 anos para legalizar os ilegais, sob certas condições, e depois três anos a mais para obter a cidadania.

O projeto, no entanto, estabelece a deportação dos imigrantes que entraram ilegalmente no país a partir de 2012.

De acordo com as estimativas, 11,5 milhões de pessoas sem documentos vivem nos Estados Unidos, a maior parte delas latino-americanas.

De acordo com a pesquisa, 68% dos entrevistados vivem nos Estados Unidos há mais de uma década, outros 22% entre cinco e 10 anos e apenas 11% menos de cinco anos.

A pesquisa mostra que os "imigrantes sem documentos têm raízes profundas nos Estados Unidos, com fortes ligações familiares e sociais com cidadãos americanos, o que revela um retrato de uma comunidade realmente integrada nos Estados Unidos", segundo a Latino Decisions.

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