A capital fluminense mantém o mercado aquecido mesmo após a alta temporada de procura por aluguéis, comum nos primeiros meses do ano (Yuri de Mesquita Bar/Thinkstock)
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Publicado em 6 de julho de 2022 às 09h55.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 17h46.
De acordo com levantamento divulgado pelo QuintoAndar na terça-feira, 5 de junho, o mercado de aluguel na cidade do Rio de Janeiro registrou, neste primeiro semestre do ano, a maior alta de preço desde 2020. O metro quadrado chegou à média de R$ 33,86, representando um crescimento de 9,5%. Os dados são do Índice QuintoAndar de Aluguel*.
Trata-se de um cenário bem diferente do vivenciado em 2020, quando houve uma queda neste período (-2,58%), e em 2021, quando ocorreu uma pequena alta nos primeiros seis meses do ano (+1,58%).
Há meses, a capital do Rio de Janeiro segue quebrando recordes no preço dos novos contratos de aluguel. Comparado a maio, junho registrou uma alta de 0,56%, constituindo o décimo mês consecutivo de alta. No acumulado de 12 meses, o valor médio do metro quadrado aumentou em 14,66%.
Dos 23 bairros analisados pela pesquisa, 22 tiveram valorização no último semestre. O destaque vai para o bairro de Ipanema, que viveu uma alta de 24% no período. Confira abaixo a lista dos dez bairros mais valorizados da capital fluminense no último semestre:
Segundo o gerente de dados do QuintoAndar, Thiago Reis, “os dados mostram que o mercado imobiliário está, de fato, aquecido na cidade. Isso porque a alta não está restrita a apenas uma região. Trata-se de um aumento consistente e espalhado por quase todos os bairros da capital. Quando são analisados os dez bairros com a maior elevação no preço do metro quadrado para aluguel, é possível ver todas as zonas da cidade representadas na lista”. Destaca-se também que a cidade mantém o mercado aquecido mesmo após a alta temporada de procura por aluguéis, comum nos primeiros meses do ano.
Em meio a esse cenário, a diferença entre o preço médio do valor dos anúncios e o dos contratos efetivamente fechados ficou em -9,52%. “Mesmo com o mercado aquecido, essa distância mostra que ainda há espaço para negociação. A melhor saída tanto para o proprietário como para o inquilino é sempre chegar a um valor que consiga trazer benefícios a ambos”, afirma Reis.
Em comparação a maio, o mês de junho também registrou uma valorização nos apartamentos de um (0,83%), dois (0,88%) e três dormitórios (1,13%).
*O Índice QuintoAndar de Aluguel é pautado nos valores concretos de contratos fechados. Isso significa que são consideradas as negociações entre locatário e inquilino, refletindo uma realidade mais assertiva e confiável do cenário residencial.