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Cyrela lucra R$ 942 milhões em 2023, alta de 16%

Receita líquida da incorporadora somou R$ 6,3 bilhões, crescimento de 16% no ano

Empreendimento da Cyrela em São Paulo: incoporadora divulgou balanço do quarto trimestre de 2023 nesta quinta-feira, 14 (Antonio Milena/Divulgação)
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 14 de março de 2024 às 18h42.

Última atualização em 14 de março de 2024 às 19h01.

A construtora e incorporadora Cyrela teve lucro líquido de R$ 248 milhões no quarto trimestre de 2023, alta de 19% em comparação ao mesmo intervalo de 2022. No acumulado de 2023, a empresa reportou lucro de R$ 942 milhões, ganho de 16,4% frente ao ano anterior. As informações constam no balanço da companhia, divulgado nesta quinta-feira, 14.

A receita líquida, por sua vez, alcançou R$ 1,710 bilhão no quarto trimestre, avanço de 25% na mesma base de comparação anual. Em 2023, a receita somou R$ 6,3 bilhões, crescimento de 16% no ano.

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O crescimento dos números veio na esteira dos lançamentos e vendas ao longo do ano, que haviam sido adiantados no relatório operacional. A incorporadora reportou R$ 2,59 bilhões em vendas no quarto trimestre de 2023 – uma queda de 4% na comparação anual que, apesar do recuo, ficou acima das projeções dos analistas. No acumulado do ano, a empresa alcançou R$ 8,89 bilhões em vendas, uma alta de 12% na comparação anual.

A Cyrela lançou 13 projetos que atingiram R$ 2,74 bilhões em valor geral de vendas (VGV) no último trimestre, queda de 3% frente ao mesmo intervalo do ano anterior. Já em 2023, o VGV alcançou R$ 9,77 bilhões em lançamentos, alta de 7% em comparação ao ano passado.

A margem bruta, por sua vez, avançou 2,3 pontos porcentuais (p.p.), para 33,7%. A margem bruta ajustada cresceu 2,3 p.p., para 35,4%, e a margem líquida diminuiu 0,7 p.p., para 14,5%.

A incorporadora fechou o quarto trimestre com dívida líquida de R$ 868 milhões, alta de 52% em base anual. A companhia reportou ainda uma queima de caixa de R$ 94 milhões no trimestre e R$ 101 milhões no ano.

A queima ficou dentro do esperado pela empresa, e reflete a alta nas compras de terrenos, especialmente no quarto trimestre. “Para 2024, ainda é cedo para falar. Depende da performance do mercado em vendas e terrenos. Mas não esperamos um número muito diferente do ano passado. Eventualmente um pouco melhor, mas sem fugir muito do resultado de 2023”, informou Miguel Mickelberg, CFO e diretor de relações com investidores da Cyrela.

Com o cenário mais favorável de queda de juros, a empresa pretende expandir atuação no segmento econômico com o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), mas de forma moderada. Mickelberg avalia que a fatia da baixa renda tenha representado 20% do portfólio da Cyrela em 2023, passando para 25% em 2024.

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