Venda de itens de higiene cresce enquanto de outros segmentos caem
Em São Paulo, venda de papel higiênico cresceu 211% em uma semana de março. Itens de festa, papelaria e moda são deixados de lado.
Marina Filippe
Publicado em 9 de abril de 2020 às 06h33.
Última atualização em 9 de abril de 2020 às 13h16.
A pandemia da covid-19 mudou as práticas dos consumidores ao redor do mundo. Os hábitos de higiene foram intensificados, o delivery e o e-commerce se tornou mais comum para grande parte da população e alguns produtos são recorrentemente comprados.
Na cidade de São Paulo, o volume de compras aumentou 25% no período de 16 a 22 de março, em comparação com o anterior, entre os dias 9 e 15.
Nesses dias foi registrado um crescimento de 211% na compra de papel higiênico, 98% de produtos para cuidados com a casa, 79% de detergentes e 73% de cereais, segundo dados da empresa de análise de mercado Kantar.
O aumento do uso dos produtos acontece também pela mudança de hábito. Segundo uma pesquisa da Procter & Gamble , globalmente 88% das pessoas entrevistadas afirmaram que estão lavando mais as mãos.
Elas estão também lavando mais as roupas, com aumento de 37%; aumentando a frequência de escovar os dentes em 19% e as trocas de fraldas dos bebês em 23%.
As compras de supermercado ficaram maior para 42% dos clientes, e 37% deles mudaram a forma de fazê-las ao, por exemplo, priorizar o delivery.
Apesar da quantidade de compra, outros setores são drasticamente afetados. No site de varejo Elo7, os produtos de festas tiveram redução de 82% no volume de vendas. Entre os itens com maior queda estão lembracinhas (85%), convites (82%) e decoração (78%).
Outros segmentos afetados no site foram moda, com queda de 67%, papelaria com 64% e acessórios 41%.
"Continuamos a investir para atrair compradores,readequando os investimentos de acordo com as dinâmicas de categorias e dos consumidores, já que os hábitos mudaram drasticamente em um curto espaço de tempo", disse a empresa em comunicado.