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Um dia na vida de quem esqueceu o smartphone em casa

Curta mostra o isolamento entre pessoas que não largam o celular

"I Forgot My Phone": é claro que, para provar seu ponto, o filme exagera, mas é muito fácil encontrar grupos de pessoas agindo exatamente dessa maneira (Reprodução)

"I Forgot My Phone": é claro que, para provar seu ponto, o filme exagera, mas é muito fácil encontrar grupos de pessoas agindo exatamente dessa maneira (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 17h23.

Com quase 9 milhões de visualizações em apenas quatro dias, o curta I Forgot My Phone retrata o isolamento de alguém sem smartphone em uma sociedade amplamente conectada.

É claro que, para provar seu ponto, o filme exagera, mas é muito fácil encontrar grupos de pessoas agindo exatamente dessa maneira, seja em reuniões, em casa, almoços, jantares ou eventos.

Me fez lembrar do seminário com Conan ‘O Brien em Cannes Lions esse ano. No momento em que ele e Anderson Cooper entram no palco, a maioria esmagadora da platéia (eu, inclusive) saca celulares, tablets e cameras para registrar o momento, e ele manda: Ninguém está nos vendo com os próprios olhos agora.

Todo mundo riu, é claro, mas é também uma provocação incômoda, dentro daquela ideia de que hoje em dia ninguém de fato aproveita o presente, com a preocupação de capturar e compartilhar tudo o mais rápido possível. Minha opinião é de que esse é um comportamento natural. Todos querem guardar uma lembrança, a diferença é que agora a tecnologia facilitou o processo e está nos nossos bolsos.

Talvez o problema seja a falta de controle. Você pode tirar uma foto do show, mas não precisa filmá-lo inteiro. Você pode responder uma mensagem durante um encontro com os amigos, só não precisa ficar olhando o feed do Facebook e do Twitter.

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